A Procuradoria-Geral da República (PGR) emitiu há dias dois mandados internacionais de prisão contra Henrique Joaquim Macuácua, advogado da antiga ministra do Trabalho Maria Helena Taipo, e contra o empresário Emiliano Finnoci, ligado à área de construção.
Dados apurados pelo “Notícias” indicam que o advogado Henrique Macuácua se encontra em parte incerta, enquanto o construtor Emiliano Finnoci terá saído do país para a sua terra natal, Itália. Finnoci saiu do país depois de ter pago 20 milhões de meticais de caução no chamado “Caso Oderbrecht”, em que foi acusado em parceria com os ex-ministros dos Transportes e Comunicações Paulo Zucula e das Finanças Manuel Chang.
O mandado internacional de prisão expedido contra ambos, está relacionado com o seu envolvimento no esquema em que a antiga ministra do Trabalho, em conluio com o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Segurança Social, Francisco Mazoio, e o antigo director-geral da mesma instituição, Baptista Machaieie, é indiciada de ter assinado um contrato para sacar mais de 371 milhões de meticais dos cofres do Estado.
De acordo com a acusação do Gabinete Central de Combate à Corrupção, que deverá ser remetida esta segunda-feira ao Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, a empresa Índico Dourado, do italiano Emiliano Finnoci, recebeu o montante de 371 milhões de meticais para supostamente desenvolver um projecto imobiliário no distrito de Nacala-a-Velha, em Nampula.
Uma vez com o montante na sua conta, Emiliano Finnoci transferiu uma parte para o advogado Henrique Macuácua que, por sua vez, fez chegar o dinheiro da fraude que cabia à Helena Taipo, Francisco Mazoio e Baptista Machaieie.
O esquema que ditou a detenção de Mazoio e Machaieie foi descoberto durante a instrução preparatória do processo que investiga crimes de corrupção envolvendo a antiga ministra Maria Helena Taipo. Os três encontram-se em prisão.
(RM /Notícias)