O Governo de Moçambique decidiu na terça-feira (23.04), prorrogar o período do recenseamento eleitoral para o distrito de Quissanga, na província de Cabo Delgado, e na vizinha Tanzânia, devido aos ataques terroristas.
Com esta prorrogação o distrito de Quissanga vai realizar o recenseamento eleitoral de raiz no período compreendido entre 1 a 15 de maio próximo, e Tanzânia vai estender o seu prazo até 05 de maio.
A informação foi dada pelo porta-voz da 12ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, que garantiu ainda a existência de condições mínimas para realizar o recenseamento eleitoral em Quissanga. “Sim, há condições, por isso que o governo deu luz verde para se avançar”, assegurou Inocêncio Impissa.
Por sua vez a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já submeteu a proposta ao Conselho de Ministros para fixar o recenseamento eleitoral para os primeiros 15 dias de maio próximo no distrito de Quissanga, devido à insegurança que se vive naquele distrito da província de Cabo Delgado.
O recenseamento eleitoral para as eleições de 9 de outubro próximo arrancou a 15 de março e vai encerrar no dia 28 do mês corrente e tem como objectivo preparar as eleições presidenciais, legislativas e provinciais.
Entretanto, ainda não foi possível arrancar com o processo em Quissanga devido a insegurança militar. Quissanga é um dos distritos de Cabo Delgado mais afectados pela insurgência armada, e o recenseamento eleitoral em curso ainda não arrancou.
Relativamente à República Unida da Tanzânia, a Comissão Nacional de Eleições (CNE), reconheceu igualmente estar a enfrentar alguns constrangimentos, onde o processo de recenseamento começou com nove dias de atraso.
Dados actualizados da CNE apontam que no estrangeiro, a excepção da Tanzânia, o recenseamento eleitoral está a decorrer tranquilamente, tendo sido inscrito até este momento perto de 85,31 por cento da meta, ou seja, dos 279.685 eleitores previstos, e já registou 238.587 eleitores. (Nando Mabica)