Combate ao terrorismo: Ramaphosa estende a missão do Exército Sul-africano em Moçambique até finais de dezembro de 2024

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa decidiu estender o tempo de permanência do exército sul-africano (SANDF) por um período alargado de oito meses no âmbito da Missão Militar da SADC para Moçambique.

A extensão surge depois de expirar a autorização da presença que serviu de base para o destacamento de um contingente daquele País vizinho de Moçambique. O exército sul-africano faz parte da força militar da região destacada para combater o terrorismo e o extremismo violento na província nortenha de Cabo Delgado.

A decisão sobre a retirada da missão militar da SAMIM em Moçambique foi tomada no dia 23 de março na cimeira da dupla troika da SADC, realizada em Lusaca, capital da Zâmbia, por razões de dificuldades financeiras que os países contribuintes enfrentam.

De salientar que a África do Sul enviou cerca de 1.495 soldados em 2021 para se juntarem às forças da SADC na luta contra a insurgência em Cabo Delgado. Ramaphosa informou a Assembleia Nacional da África do Sul e ao Presidente do Conselho Nacional de Províncias, Amos Masondo, da sua decisão.

“Serve para informar a Assembleia Nacional (parlamento sul-africano) que estendi a missão de 1.495 membros da SANDF para o cumprimento de uma obrigação internacional da República da África do Sul para a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, de combater os actos de terrorismo e os extremistas violentos que afectam o norte de Moçambique no âmbito da Operação Vikela”, disse Ramaphosa.

A SANDF vai continuar com a responsabilidade de combater o terrorismo e extremismo violento no norte de Moçambique durante o período compreendido entre 16 de abril a 31 de dezembro de 2024.

Na ocasião, Ramaphosa deu a conhecer que o custo desta operação está orçado em 948.368.067 Randes.

Lembre-se que o primeiro contingente da SAMIM a retirar-se foi o do Botswana, sendo que os restantes contingentes nomeadamente de (Angola, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, Tanzânia e Zâmbia) deverão deixar Moçambique até julho próximo, restando apenas dois contingentes, os do Ruanda e da África do Sul para ajudar as FDS na luta contra o terrorismo.

Os ataques que iniciaram em outubro de 2017 já levaram mais de um milhão de pessoas a abandonar as suas zonas de origem à busca de locais mais seguros, desencadeando uma crise humanitária sem precedentes. (Nando Mabica)

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