Há duas propostas para o funeral de Dhlakama: quartafeira ou quinta-feira
Maputo (Canalmoz) – A direcção máxima do partido Renamo esteve reunida esta manhã na sede provincial do partido Renamo na Beira, onde colocou sobre a mesa duas propostas de data para a realização da cerimónia fúnebre do seu líder Afonso Dhlakama, que morreu na passada quinta-feira.
Quarta-feira (9 de Maio) ou quinta-feira (10 de Maio) são as datas que estão na mesa e que foram submetidas ainda esta manhã à família do líder da Renamo, que deverá decidir até à tarde de hoje, sábado.
Fonte da liderança da Renamo disse o CanalMoz/ Canal de Moçambique que há muita gente a vir para Beira, principalmente dos distritos para enterrar o seu líder.
Apesar de nas suas declarações todos os titulares dos órgãos do Estado moçambicano terem exaltado Afonso Dhlakama logo após a sua morte, a verdade é que o Governo não vai decretar luto nacional nem vai proporcionar um funeral do Estado ao líder da Renamo.
Em sessão extraordinária, o governo decidiu marcar um funeral oficial (que é diferente de um funeral de Estado) e anunciou a nomeação de uma comissão para prestar assistência à família e ao partido.
A diferença entre um funeral de Estado e um funeral oficial é que o primeiro tem direito a honras de Estado com membros do exército e outras forças militares e é para personalidades com relevância incontornável a nível nacional e internacional. Dhlakama não reúne tais atributos, na óptica do Governo.
O general na reserva Gruveta Massamba, da Frelimo, quando morreu em 2011, o Conselho de Ministros reuniu e decretou dois dias de luto nacional e teve direito a um funeral de Estado.
Em declarações à comunicação social, a porta-voz do Conselho de Ministros, Ana Comuana explicou que a comissão do governo para apoiar a família Dhlakama e a Renamo será composta pelos ministros da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos e também pela viceministra da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural. O governo também anunciou que devido a morte de Afonso Dhlakama, Filipe Nyusi adiou a sua visita de estado ao Reino da Noruega e a República da Finlândia inicialmente marcadas para este fim de semana. (Redacção na Beira)