Hospital Central de Quelimane cobra taxa para desencorajar procura de serviços

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O Hospital Central de Quelimane (HCQ) foi concebido para doentes em estado grave e que precisam de tratamentos especializados. Entretanto, desde que entrou em funcionamento, há uma semana, já recebeu 900 pacientes que podiam receber tratamento nos 19 centros de saúde disponíveis na cidade capital da Zambézia.
Para desencorajar a tendência dos pacientes que não estão em estado grave de procurar pelos serviços daquele hospital, foi criada uma taxa de 100 meticais.
 “Sentimos que as pessoas não compreenderam a funcionalidade do hospital central e, por isso, sentimo-nos na obrigação de voltar a esclarecer as comunidades os serviços do hospital, e criar essa taxa”, explicou o director do Hospital Central, Iadino Suade.
Outra situação que o hospital está a enfrentar é a presença de acompanhantes de doentes que enchem o recinto.
A direcção do HCQ explica que o doente que está internado só precisa de repouso e contacto com o médico, dai que “os acompanhantes não precisam ficar aglomerados, porque isso dificulta o funcionamento normal do hospital”, disse Suade.
Com o HCQ o sector da Saúde, na Zambézia, passa a poupar mais de 200 milhões de meticais por mês, que eram usados para a transferência de doentes para os hospitais centrais de Maputo, Beira e Nampula para tratamentos especializados.
O Hospital Central de Quelimane foi inaugurado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi. Tem a capacidade de 600 camas. A maternidade e genecologia têm a capacidade de 52 camas cada. 65 médicos moçambicanos e cubanos estão a assegurar o funcionamento da nova unidade sanitária, construída na zona de expansão na cidade de Quelimane.
O novo hospital conta com sectores como as urgências, refeitórios, fisioterapia, cozinha, parque de estacionamento de viaturas e uma reserva de terreno para futuras necessidades em termos de infra-estruturas.

margin-top: 10px; padding: 0px;">No local estão a funcionar vários serviços, alguns dos quais de especialidade, nomeadamente, Cardiologia, Leprologia, Neo-Cirurgia, Dermatologia, Tomologia, e comprovação de paternidade.

  
Hospital Provincial passa a ser geral
Com a entrada em funcionamento do Hospital Central de Quelimane, o Hospital Provincial foi requalificado e passou a hospital Geral.
A requalificação daquele hospital visa colocar Zambézia com um único hospital de referência. “Não é viável em uma só cidade termos dois hospitais grandes, por isso passaremos a ser um hospital geral”, explicou o director provincial da Saúde, e esclareceu as informações sobre o fecho do hospital provincial. “ Não vamos deixar de atender as pessoas, apenas passaremos a ser um hospital geral”, clarificou Hidayat Kassim.

(O País)

Author: Redacção

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