A cidade da Beira parou, ontem (30), para as cerimónias de entrega da primeira fase do projecto de reabilitação e ampliação do Canal do Chiveve. O Governo..

Daviz Simango acusa Governo Central de oportunismo

A cidade da Beira parou, na segunda-feira, para as cerimónias de entrega da primeira fase do projecto de reabilitação e ampliação do Canal do Chiveve, uma importante empreitada municipal milionária, sobre a qual o Governo da Frelimo a nível cen­tral, em conluio com o Governo Provincial, tentou a todo o custo ludibriar a opinião publica, com vista a colher fraudulentamente os louros pela empreitada. Na segunda-feira, foi para lá despachado o primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, para dar um rosto a essa campanha de desvalorização dos esforços do Conselho Munici­pal da Beira e de Daviz Simango.

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Canal do Chiveve

Mas quando menos se espera­va, o embaixador da Alemanha, Detlev Wolter, que participou na cerimónia, tratou de dissipar o equívoco, tendo afirmado que o projecto foi financiado pelo seu Governo, em apoio ao Conse­lho Municipal da cidade da Beira.

Detlev Wolter disse que o seu país tem acompanhado com atenção as notícias sobre a ci­dade ca Beira e sobre o projec­to do Chiveve, que, segundo dis­se, demonstram a importância do mesmo no combate a possíveis fenómenos climáticos prejudiciais

Detlev Wolter disse que o financia­mento do projecto do Chiveve resul­tou de uma longa negociação e par­ceria entre o Governo da Alemanha e o Conselho Municipal da Beira.

Sem os esforços do município da Beira, que manifestou de viva voz o desejo de pôr em prática o projecto, hoje não estaríamos aqui. Por isso, junto dos nossos parceiros, digo-vos que esta é mais uma prova de que o meu país está aberto para tornar os sonhos dos beirenses e tantos outros numa realidade”, disse Detlev Wol­ter, que louvou a iniciativa do Conselho Municipal da Beira em tornar o Chiveve navegável novamente,

O projecto vai continuar, com a segunda fase, que consiste na construção de irfra-estruturas, jardim botânico, hotel e merca­do, para restaurar a imagem que a cidade da Beira sempre teve.

Por sua vez, Daviz Simango, pre­sidente do Conselho Municipal da Beira, disse que, apesar de haver oportunismo por parte co Governo, os munícipes da Beira sabem, na verdade, quem lutou para tornar este sonho visível. Afirmou também que o seu elenco está pronto a partilhar ideias construtivas para fazer da Beira uma cidade moderna e acolhedora.

Segundo foi divulgado, os fundos para a segunda fase do projecto já foram garantidos pelos parceiros, e as obras deverão começar no princípio do mês de Junho des­te ano, devendo durar dois anos.

“Beirenses. está aqui o vosso sonho realizado. No Chiveve se pode na­vegar, por isso digo de viva voz, cuidem destas infra-estruturas. por­que para além de manterem a nossa cidade modernizada, salvar-nos-ão de muitas doenças e de possíveis mudan­ças climáticas”, disse Daviz Simango.

Governo insiste na mesma tecla

O primeiro-ministro moçambi­cano, Carlos Agostinho do Rosário, que participou na cerimónia em representação do Conselho de Ministros, reafirmou que o projecto só existiu graças aos esfor­ços do Governo de Moçambique. Segundo Agostinho Rosário, o Conselho Municipal da Beira só acompanhou as obras de Chive­ve, pois não sabe o quanto se lutou juntos dos parceiros (KFW e Banco Mundial) para desembolsa­rem os 13 milhões de euros, que foi o total de investimento aplica­do na primeira rase deste projecto. “O Governo ouviu atentamente as preocupações dos beirenses em re­lação ao problema de saneamento que a cidade apresenta. Com este projecto, é o início de mais inves­timentos para combater os diversos problemas que a 8eira tem, e nós. como Governo central, vamos injec­tar mais fundos para tal disse o primeiro-ministro. (José Jeco, na Beira)

Placa de inauguração
Placa de inauguração

CANALMOZ – 31.01.2017

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