O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou a prorrogação do estado de emergência até 30 de maio, devido à pandemia da Covid-19 para evitar uma eventual pressão sobre o sistema de saúde.
Apesar de não haver um confinamento obrigatório, o chefe de Estado moçambicano pediu a todos os cidadãos para que optem por não sair, sem ser por motivos essenciais.
Moçambique, que vive em estado de emergência desde 1 de abril, conta com um total de 76 casos registados, sem vítimas mortais.
Embora mantenha as medidas decretadas em abril, o chefe de Estado moçambicano pediu o reforço no cumprimento das mesmas, condição para que “o sistema de saúde não sofra pressão”.
“Decidi declarar a prorrogação do estado de emergência, com início às 00:00 do dia 01 de maio e término às 23:59 do dia 30 maio. A prorrogação do estado de emergência foi ainda hoje por mim submetida ao Parlamento para ratificação. Ao tomarmos esta decisão temos a consciência de que mais dias difíceis nos esperam, contudo, é pretensão do Governo abrandar a disseminação do vírus”, declarou Filipe Nyusi.
“Há um relaxamento na postura” dos moçambicanos
O Presidente moçambicano pediu o reforço de medidas de prevenção, com destaque para a limitação de circulação de pessoas, o uso obrigatório das máscaras em todos locais de aglomeração de pessoas e o distanciamento social.
“Apesar do aumento dos casos de contaminação, há um relaxamento na postura dos nossos compatriotas em relação às medidas de prevenção”, afirmou Filipe Nyusi, alertando que as pessoas em Moçambique “continuam a efetuar viagens internamente sem que seja necessário”.
Por outro lado, o chefe de Estado apelou para um maior envolvimento das instituições de ensino superior e de pesquisa no combate a esta pandemia.
Nyusi pediu ainda às comunidades para denunciarem casos de comerciantes que desrespeitam o decreto, abrindo estabelecimentos de lazer e bares durante este período.
“O uso da força por parte das autoridades não pode existir. Mas para que isso aconteça é necessário que estas medidas sejam cumpridas”, declarou Filipe Nyusi, acrescentando que a ideia é evitar que o país chegue ao nível quatro, o ‘lockdown’ (recolher obrigatório).