Os dois braços-direito do falecido líder da Renamo, Afonso Dhlakama, nomeadamente os generais, Raimundo Tayo e Josefo continuam em prisão, em algumas bases que Ossufo Momade ainda controla aparentemente aguardando pela desmobilização.
MAPUTO- De acordo com informações na posse da Folha de Maputo os dois generais em prisão nas bases, durante a estadia de Ossufo na Serra da Gorongosa não tiveram uma convivência pacífica, em virtude do novo presidente da Renamo não ter seguido as hierarquias militares deixadas por Dhlakama, o que originou contestação interna.
Tayo, Josefo e Nyongo eram considerados estrategas de Afonso Dhlakama, mas quando Ossufo assumiu a liderança tratou de os secundarizar.
Mariano Nyongo saiu das bases controladas pelo Ossufo conjuntamente com outros elementos quando se apercebeu que os outros dois generais tinham sido movimentados com ordens de prisão dentro das bases. Daí que Nyongo telefonou para Ossufo Momade avisando que seus “planos” tinham sido descobertos por ele.
“O que Nyongo quer?”
Mariano Nyongo quer ser enquadrado dentro da potência que tinha sido deixada por Afonso Dhlakama e “não como um praça”, uma vez haver um sentimento de algumas pessoas que estão na cidade tirarem proveito deste processo de Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) em detrimento de quem está nas matas.
O processo de DDR está lento porque Ossufo Momade ainda está confiante que os grupos ainda nas bases podem ser mais-valia para pressionar as instituições sobre as eleições de 15 de Outubro que deram uma vitória retumbante, folgada e relaxante da Frelimo e Presidente Nyusi. (Figura identificada na foto – General Josefo).