Ministra sul-africana não tem nenhuma competência para decidir sobre extradição de Manuel Chang para Moçambique

De fontes reputadas, “Carta de Moçambique” apurou ao princípio da noite que Manuel Chang poderá ser libertado provisoriamente amanhã  sob caução.

O professor de direito internacional, André Thomashausen, diz que as declarações da ministra das relações internacionais e cooperação, sobre a extradição de Manuel Chang para Moçambique, são populistas e que ela não tem nenhuma competência para decidir sobre o caso.

“Não se percebe bem se é capaz de ela ter uma simpatia para com o Governo de Moçambique, que se encontra numa situação um pouco delicada, mas essa simpatia não reflete necessariamente a posição nem do Governo nem do presidente sul-africano”, disse o académico.

Falando à STV sobre as declarações da ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Lindiwe Sisulu, o académico sul-africano, André Thomashausen, diz que a posição não tem qualquer fundamento jurídico e que se baseia em populismo.

“Ela representa uma fração muito pequena dentro do ANC e por isso é que está a fazer declarações populistas, destinadas a atrair a atenção. O caso está no poder judicial e em última eventualidade, depois de todos os tribunais terem resolvido, compete ao Ministro da Justiça executar a decisão do tribunal ou seja transferir a pessoa em questão ao país que o procura ou assegurar a libertação da pessoa procurada”, realçou.

Refira-se que o julgamento sobre a decisão da extradição do antigo ministro das Finanças, Manuel Chang, inicia na próxima semana, no tribunal Kempton Park.

O PAIS

Author: Redacção

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