Os ministros do Interior, Amad Miquidade, e da Defesa Nacional, Jaime Neto, apresentaram hoje um balanço das ofensivas das FDS contra os terroristas do Estado Islâmico, durante o mês em curso, na província de Cabo Delgado.
De acordo com dados apresentados, durante o habitual briefing do Conselho de Ministros, 129 terroristas foram abatidos em quatro operações das FDS, nos distritos de Muidumbe, Ibo e Ilha das Quirimbas.
“No dia 7 de Abril de 2020 foram abatidos 39 terroristas, numa tentativa de ataque a aldeia de Muidumbe” informou Amad Miquidade.
A segunda ofensiva ocorreu três dias depois (10 de Abril) e culminou com a morte de “59 (terroristas) como resultado de um ataque que protagonizaram a Ilha Quirimba”.
Já na transição de 11 para 12 do mês em curso, outros “30 insurgentes, numa tentativa de ataque a Ilha do Ibo”.
De acordo com o relato do ministro, o último golpe registou-se no dia 13, durante uma patrulha das FDS.
“No dia 13 de Abril, numa missão de patrulha das Forças de Defesa e Segurança, foi capturada uma embarcação a vela, diverso material bélico e de comunicação, e posto fora de combate, um insurgente, durante a sua tentativa de fuga” anunciou o ministro, sem revelar a existência ou não de baixas, do lado das tropas governamentais.
De acordo com Miquidade as “pesadas” baixas que os insurgentes “vêm sofrendo” terão sido o motivo do massacre do passado dia 8 de Abril, na aldeia de Chitaxi, distrito de Muidumbe, que vitimou 52 civis.
“Este massacre surge como lição as pesadas baixas que os terroristas têm estado a sofrer, como resultado da pronta resposta das Forças de Defesa e Segurança” concluiu Miquidade.
Apesar desta percepção, o ministro disse ter sido destacada uma equipa para, ao detalhe, apurar as circunstâncias do massacre dos 52 civis na aldeia de Xitachi.
Situação sob controle
Instado a avaliar a situação actual em Cabo Delgado, Amad Miquidade disse que as FDS tem a situação controlada e já fizeram o mapeamento das bases dos terroristas, preparando-se para mais uma ofensiva.
“A situação de Cabo Delgado, neste momento, está sob controle, o que é que quer isto dizer: Identificamos onde o inimigo se encontra. Quais são as suas bases, quais são os seus acampamentos e os seus movimentos. Enquanto isso, as Forças de Defesa e Segurança estão, estrategicamente, preparando-se para mais uma ofesniva” revelou o ministro.
Tolerância zero a actos de “subversão”
Durante a sua comunicação, o Ministro do Interior atacou o que chamou de actos de “desinformação”, protagonizados por “alguns órgãos de informação” e “porta-vozes”.
“Alguns órgãos de comunicação social e porta-vozes têm estado a reportar ou a divulgar informações que colocam em causa a credibilidades das missões combativas das Forças de Defesa e Segurança, por difundirem, a partir de fontes não credíveis, informações manipuladas sobre a situação real das suas acções, desinformando desta forma, a sociedade moçambicana e o mundo em geral”, acusou o ministro.
De forma mais directa, Amad Miquidade apontou o dedo ao porta-voz da Renamo, José Manteigas, e deixou um aviso de que acções de subversão não serão toleradas.
“As Forças de Defesa e Segurança condenam, com veemência, as declarações do porta-voz do partido Renamo, que acusa o Estado moçambicano, de assassinar civis, numa tentativa clara, de fazer um aproveitamento político”.
As FDS “reafirmam que não tolerarão estes actos de subversão que pretendem desviar o foco da sua missão de defender a pátria e da desvalorização da nobre missão que, com sacrifício, as Forças de Defesa e Segurança cumprem” alertou.
O País