Em entrevista concedida à DW África, o Administrador do distrito de Eráti, na província de Nampula, Manuel Manussa disse que se trata de um simples boato com intenções de desestabilizar as populações. Entretanto, a Porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula, Rosa Chaúque, confirmou os ataques, tendo dito que “presumimos que se trata realmente de terroristas, que teriam criado danos avultados em algumas residências e escolas (…).”
Manuel Manussa afirmou que “pode ser boato. Nós podemos conferir que há algum movimento que está a ser gerido pelas Forças de Defesa e Segurança. Agora, se houve ataques e troca de tiros, nós confirmamos, porque não temos essa informação.” Portanto, Chaúque explica que “neste momento, ainda há um levantamento que está sendo feito para apurar os prejuízos (…) de momento, não tivemos casos de mortes. O ambiente está controlado, porque as FDS estão no terreno para poder criar conforto às populações.”
No entanto, enquanto figuras como Manuel Manussa desmentem às informações, as autoridades policiais confirmam e negam que tenham ocorrido mortes, eis que o grupo terrorista que desde 2017 atazana a vida da população moçambicana, concretamente em Cabo Delgado publicou nos seus canais de propaganda ontem (30.04), cerca de 11 fotos, onde os membros do grupo aparecem a queimar escolas, casas e igrejas, assim como o corpo de um homem baleado mortalmente.
Nas referidas fotos verificadas pela nossa equipa de reportagem através de três sistemas de verificação de autenticidade de fotografias, constatamos que grande delas foram feitas em Eráti, na província de Nampula, na semana passada. (O.O.)