Missão do FMI avalia quarta revisão do programa de facilidade de crédito para Moçambique

Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) já se encontra em Moçambique, onde pretende efectuar uma visita de duas semanas, no âmbito da avaliação da quarta revisão do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês).

De acordo com uma informação divulgada nesta terça-feira, 7 de maio, pelo Semanário Económico, a missão que chegou por estes dias, manteve um encontro com alguns governantes, a destacar o ministro da Economia e Finanças (MEF), Max Tonela e o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela.

Na ocasião, o dirigente do MEF referiu que o desafio actual tem sido calibrar as medidas fiscais e estruturais para manter o ritmo de consolidação fiscal, assegurar uma trajectória sustentável da massa salarial, melhorar os parâmetros de sustentabilidade da dívida pública e a capacidade de mobilização de recursos para atender às necessidades de financiamento da economia.

“Os progressos que temos alcançado ao longo desta jornada têm sido de extrema importância para o aprofundamento da estabilidade macroeconómica e a retoma de um crescimento sustentável da economia moçambicana. Saudamos igualmente a equipa do FMI e manifestamos o nosso apreço por todo o apoio e compromisso investidos em Moçambique”, sublinhou.

Tonela enalteceu o facto de ter se desenvolvido muito trabalho nas missões anteriores, secundando que a natureza dinâmica da economia nacional faz identificar novos desafios, com destaque para a necessidade de ajustar o quadro de políticas económicas para amortecer o impacto dos choques climáticos e os desafios impostos pelo terrorismo na região norte.

“Apesar de vários desafios, o Governo continua comprometido a fortalecer o engajamento com o FMI para o alcance dos objectivos traçados”, acrescentou.

Em Janeiro, o FMI aprovou a terceira revisão do programa de financiamento para Moçambique, garantindo o “desembolso imediato” de 60,7 milhões de dólares para apoio orçamental.

“O Conselho Executivo concluiu a terceira avaliação à implementação do programa de Facilidade de Crédito Alargado (ECF, na sigla em inglês) para Moçambique. Com esta nova verba, os desembolsos totais ao País elevam-se para 273 milhões de dólares”, referiu a instituição através de uma nota.

“Os progressos que temos alcançado ao longo desta jornada têm sido de extrema importância para o aprofundamento da estabilidade macroeconómica e a retoma de um crescimento sustentável da economia moçambicana. Saudamos igualmente a equipa do FMI e manifestamos o nosso apreço por todo o apoio e compromisso investidos em Moçambique”

Conforme o organismo, o desempenho do programa tem sido satisfatório: “cinco dos oito indicadores de referência estruturais foram cumpridos no final de Dezembro de 2023, e três dos quatro critérios de desempenho quantitativos foram observados”.

“A recuperação económica está a acelerar, apoiada pelos projectos de gás natural liquefeito (GNL) num contexto de crescimento modesto não mineiro. Ao mesmo tempo, as pressões inflacionárias diminuíram acentuadamente. Embora as perspectivas permaneçam positivas, subsistem riscos significativos, principalmente devido a acontecimentos climáticos adversos e à frágil situação de segurança”, alertou o director-executivo adjunto do FMI, Bo Li, citado no mesmo comunicado.

A fonte recordou que este programa de assistência técnica “visa apoiar a recuperação económica de Moçambique e reduzir a dívida pública e as vulnerabilidades de financiamento, promovendo, ao mesmo tempo, um crescimento mais elevado e mais inclusivo por via de reformas estruturais”. (Diário Económico)

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