A Polícia da República de Moçambique (PRM) recolheu às celas progenitores de uma adolescente de 17 anos e um jovem de 21 anos, acusado de forçar a união dos filhos, dos quais um é menor de idade nos termos da lei. O facto aconteceu sábado passado, no distrito de Jangamo, província de Inhambane.
O “O País” chegou ao povoado de Magaissa, no distrito de Jangamo em Inhambane, por volta das 10 horas de sábado e estava quase tudo pronto para a festa. Seria na verdade a festa de anelamento de uma adolescente de 17 anos, forçada pelos pais a juntar-se com um jovem de 21 anos de idade.
A adolescente contou que o jovem com o qual deveria casar dirigiu-se à sua casa e combinou os detalhes do anelamento com os pais.
O progenitor da adolescente pediu aos pais do jovem o pagamento de cinco mil meticais em dinheiro e a aquisição de bens alimentares para a cerimónia que já tinha sido agenda. “Eu disse que eu não queria casar antes de completar 18 anos”, mas mesmo assim houve insistência.
As autoridades contaram que os progenitores dos dois adolescentes alegaram que já não pretendiam cancelar a união dos filhos. Questionados sobre a cerimónia que estava a acontecer naquele local, os visados disseram que estavam apenas a confraternizar entre famílias.
Por sua vez, a família do suposto noivo confirmou que se tratava de um anelamento, ao contrário da alegacão dos pais da menina.
No local, um adolescente que se identificou como amigo da noiva revelou ao “O País” que havia muito tempo que a menina vivia com o marido.
A PRM, que já tinha conhecimento do caso, dirigiu-se à residência, onde não só desfez tudo como também deteve os pais dos adolescentes.