Um membro do partido Frelimo, cuja identidade omitimos por presunção de inocência, foi flagrado na manha deste sábado (07), na cidade de Nampul

Detido membro da Frelimo flagrado a recolher cartões de eleitores em Nampula

Um membro do partido Frelimo, cuja identidade omitimos por presunção de inocência, foi flagrado na manha deste sábado (07), na cidade de Nampula, capital do maior círculo eleitoral do país, inscrevendo números de cartões de eleitores e contactos telefónicos em uma ficha da sua formação política.

O indiciado foi interceptado por membros e simpatizantes do partido Renamo, no bairro dos Belenenses, onde se encontrava a passar de casa em casa, incluindo nas barracas, recolhendo estes dados, sobretudo de alunos.

Na 2ª Esquadra da Polícia da República de Moçambique, na cidade de Nampula, o indivíduo contou duas versões sobre a lista, tendo na primeira referido que a mesma tratavasse de uma lista de presença dos professores da Escola Secundária 12 de Outubro nas cerimonias do dia 7 de Setembro na praça dos heróis moçambicanos. A segunda referia-se que na mesma constavam dados dos membros da OJM do círculo da Escola Secundária 12 de Outubro.

Entretanto, Arnaldo Chalaua, membro da Renamo que comandou o grupo dos jovens que interceptou o professor da Escola Secundária 12 de Outubro, disse, em exclusivo ao Ikweli, que “o que substancia ilícito eleitoral é o acto da inscrição das pessoas, princípio de coação das pessoas para aderirem ao partido Frelimo através de listas em que há uma obrigação de se entregar cartão de eleitor em troca de uma camiseta e o número de telefone da pessoa em campanha eleitoral”.

“Em nossa análise, como partido Renamo, percebemos que aqui há um indício e levamos o caso a esquadra e está a se dar seguimento ao caso”, disse a nossa fonte, para quem, “no fundo o que nos preocupa é o facto de haver um comportamento e uma obrigação de as pessoas serem forçadas a votarem no partido Frelimo. Sabemos que eleição é um processo livre, não há nenhuma obrigação”.

Chalaua apela as autoridades para que trabalhem no caso e haja esclarecimento, porque “não podemos continuar a ter processos eleitorais viciados”. (Aunício da Silva)

Fonte: Jornal IKWELI

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *