A Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, interpôs um recurso junto do Tribunal Supremo da África do Sul, num derradeiro esforço para extraditar Manuel Chang para Moçambique

Buchili recorre ao Tribunal Supremo sul-africano para “salvar” Chang

Segundo o CIP, a Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, interpôs um recurso junto do Tribunal Supremo da África do Sul, num derradeiro esforço para extraditar Manuel Chang para Moçambique. O documento é datado de 23 de Agosto deste ano e apresenta todos tipos de argumentos para assegurar que Chang não seja extraditado para os EUA mas sim para Moçambique. No documento, Buchili acusa os EUA de ter enganado a PGR ao nunca ter colaborado na investigação das dívidas. Alega que as dívidas ocultas devastaram a economia Moçambicana e por isso é importante que Chang seja julgado em Moçambique, fundamentando que o País tem capacidade para tal.

“Os EUA solicitaram informações. O nosso escritório forneceu as informações que pôde, mas eles nunca forneceram informações satisfatórias do que estávamos a solicitar. Tudo o que eles forneceram num determinado momento é o que já tínhamos nas nossas investigações. Foi assim que os EUA criaram a impressão de cooperação, com a qual trabalhamos…”

“Este caso é muito importante para Moçambique, uma vez que as infracções penais causaram efeitos devastadores na economia de Moçambique. Isso fez com que os doadores suspendessem e / ou reduzissem o financiamento para Moçambique. Por isso, é importante para Moçambique processar este caso com sucesso para demonstrar o seu compromisso, competência e capacidade no combate à corrupção”

“Afirmo que Moçambique tem a capacidade para processar Chang e seus co-autores. As instituições judiciais do Ministério Público são, efectivamente, utilizadas por organizações da sociedade civil. As organizações da sociedade civil confiam nas instituições judiciais e promotoras de Moçambique. Um exemplo disso é ilustrado pelo Fórum no seu depoimento para provar a sua eficácia como uma rede de organizações.”

Fonte: CIP

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