Quando ainda não há informação oficial sobre a passagem da depressão tropical Idai, na província de Sofala, mais concretamente na cidade da Beira, a única certeza são os estragos. Não há qualquer comunicação com a cidade. Primeiro foi um corte parcial no fornecimento de electricidade por volta das 19 horas e que se generalizou um pouco depois das 20 horas. Com a electricidade foi a comunicação de voz e dados um tempo depois das 21 horas. Quase a generalidade dos bairros periféricos está submersa. Uma repetição de um cenário de há sensivelmente um mês e meio.
Munhava, Macurrungo, Chipangara, Chaimite (Praia Nova), Maraza, Pioneers, Matacuane, Mananga, Chota, Muhava, Matador, Vila Massane, Maganza, Inhamizua, Chingussura, Nhaconjo, Pontagea and Macuti, Manga, Ndunda, Manga Mascarrenha, Vaz estão submersas. O novo Estádio Municipal da Beira, recentemente inaugurado perdeu a sua cobertura pela força dos ventos.
Até aqui, o Estado moçambicano ainda não deu o ponto de situação em termos de estragos e vítimas, quando o desespero toma conta de familiares em outras províncias que desde ontem às 20 não conseguem contactar os seus. Em Maputo, nas telefonias móveis também há silêncio e não querem ser os primeiros a informar a violência com que o ciclone arrasou as suas torres de comunicação.
A única comunicação oficial veio do Instituto nacional de Meteorologia (INAM), nas primeiras horas desta sexta-feira. Mas apenas informou o ciclone está a perder força decaindo para a categoria 3, depois de ter atingido o nível 4 (5 nível máximo) durante a noite de quinta-feira com ventos superiores a 160 quilómetros por hora. A nível 3 os ventos sopram a uma velocidade não superior a 140 quilómetros por hora. Mas espera-se que até às 14 de hoje os ventos “abrandem” para 70 quilómetros por hora.
(Redacção – Canal Moz)