Em uma tentativa de aliviar o protesto gerado por sua declaração “Países de merda”, Trump dirigiu uma carta na quinta-feira passada aos líderes africanos, que se encontravam em Addis Abeba para discutir as prioridades do continente em 2018.
Segundo a Associated Press, Trump declarou que “respeita profundamente o povo da África“.
Os comentários de “Países de merda” de Trump, feitos durante uma reunião política sobre imigração no início deste mês, chocaram e consternaram muitas pessoas na África, especialmente líderes africanos. O presidente da Comissão da UA comentou, na semana passada, na Cúpula da UA, que o continente estava “francamente alarmado” pelos comentários de Trump.
Em um Fórum Econômico Mundial na última sexta-feira em Davos, Trump se encontrou com Paul Kagame, do Ruanda, que recentemente substituiu o Alpha Condé da Guiné por ser o presidente interino da União Africana. Kagame disse que eles tiveram “boas discussões” sobre questões económicas e relacionadas ao comércio, comentando ainda que “a UA está ansiosa para trabalhar com os Estados Unidos“.
Trump, por sua vez, chamou a reunião “uma honra” e Kagame “um amigo”. Trump enfatizou uma parceria que “protege a imigração legal”, acrescentando que os EUA querem trabalhar com a África para “comércio livre, justo e recíproco”. “
É relatado que a carta de Trump estendeu seus “elogios mais profundos” aos homólogos africanos, acrescentando que ele respeita sua amizade mútua e valores compartilhados com a África e seu povo.
A carta também mencionou que “as tropas dos EUA estão lutando lado a lado” com soldados africanos contra o terrorismo e o extremismo no continente, acrescentando que seu compromisso com a parceria com a África é “firme”. A carta de Trump concluiu que o secretário de Estado Rex Tillerson fará “Uma visita prolongada” à África em Março de 2018.
No entanto, a carta não revelou detalhes sobre a visita prevista de Tillerson.