Plágio ao mais alto nível: execrável – Egídio Vaz
Chegou-me às mãos o recente livro do Professor Rizuane Mubarak, Magnífico Reitor do Instituto Superior de Ciência e Tecnologia Alberto Chipande, que leva o seguinte título: Direito Penal e Criminalística. Da teoria universal à realidade nacional. A obra sai pela Editora Escolar. Parabéns pelo engenho.
Sou normalmente aficionado em leituras. Mas algo chama-me atenção quando percorro o livro. O uso de termos estranhos à nossa realidade; algo que denuncia alguma anomalia. Por exemplo, no livro é possível ver termos como COMARCAS. Não existem comarcas na República de Moçambique. É igualmente possível ler nomes de instituições totalmente estranhas ao nosso sistema nacional. Por exemplo, faz-se menção a um tal Instituto Nacional de Medicina Legal. Isso não existe em Moçambique. Aqui temos apenas os Serviços de Medicina Legal do HCM.
Mas o pior ainda estava por descobrir. Tenho uma pequena brochura, da autoria de Agostinho Santos, intitulado “Tanatologia Forense” que pode ser baixado a partir do meu Dropbox http://bit.ly/2rq6Hx2
Foi desta brochura que o Professor conseguiu extrair cerca de 7 páginas colando-as ao seu texto sem atribuição a fonte. Por exemplo, nas fotos que coloco para vossa leitura, é possível ver transcrições inteiras sem atribuição a fonte alguma. Isso é plágio. E dos piores.
O livro do nosso criminalista custa 2500 meticais. A referência completa da obra a que me refiro é: Santos, A (2003-04). Medicina Legal. Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. 46pp.