Há semanas, o polémico jornal “ Canal de Moçambique” trouxe uma notícia em que dizia que a InterAuto ( empresa que diz que é de Celso Correia, actual ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural) vendeu carros ao INSS no valor de qualquer coisa como 54 milhões de meticais, negócio ganho sem espaço para concurso público.
Eu, Nini Satar, fui ao Boletim da República e constatei que a InterAuto a que o jornal aludia, tem como proprietários os senhores Abdul Majid Ibraimo, Gulamhussen Ibraimo, Mohamed Bassir e Luís Filipe Pereira Rocha Brito. Aliás, até fiz questão de postar o referido BR aqui no Facebook para elucidar aos meus amigos, fãs e seguidores. Como puderam ver, a InterAuto não tem nenhuma ligação com o ministro Celso Correia.
Ora, na edição de ontem, o mesmo “Canal de Moçambique” insiste em dizer, na capa do jornal, que a “InterAuto é só de Celso Correia”. Contudo, ainda não trouxe nenhum documento comprovativo (fora o que escreve), de que, realmente, Celso Correia é dono de uma empresa chamada InterAuto. Os BR’s estão à venda. Presumo eu que também é possível consultá-los em algumas bibliotecas de Maputo (e tirar cópia). Por quê o “Canal de Moçambique” só diz que a InterAuto é de Celso Correia, mas não apresenta nenhum documento comprovativo? Se fosse para confiar só nas narrativas deste jornal, este país já teria ardido.
Mais adiante, escreve que existe uma outra empresa chamada InterAuto, pertencente ao cunhado de Celso Correia. E assume que esta é a que vendeu as viaturas ao INSS. Ora, para o jornal, sendo esta empresa do cunhado e tendo o mesmo nome, devia ser, obrigatoriamente, do conhecimento de Celso Correia de que ela existe. Ao que eu depreendo, aqui só existe coincidência de nomes. É verdade que é fatal porque o Código Comercial não preconiza isso. Isto são outros quinhentos. Mas daí o jornal afirmar, categoricamente, que a InterAuto que vendeu os carros ao INSS é de Celso Correia vai uma grande distância.
Reafirmo: não custa nada ao “Canal de Moçambique” (até é muito bom para o esclarecimento dos leitores) pegar no BR que diz que Celso Correia tem uma empresa chamada InterAuto e estampar. Há-de ser a prova inequívoca do que está a dizer. O que está a fazer até aqui, é espalhar confusão. Afinal, onde está registada oficialmente a InterAuto de Celso Correia? Na Redacção do “Canal de Moçambique”? O jornal que traga esse registo e cale a boca de todos que até aqui duvidam do que diz. Para algumas pessoas, como eu, é mentira de que Celso Correia tem uma InterAuto que vendeu carros ao INSS.
Atenção: não quero aqui insinuações de que estou a defender o ministro Celso Correia. Ele nem é meu amigo. Este exercício é para colocar a nu as mentiras deste pasquim. Eu sempre vos tenho dito que semanalmente o “Canal de Moçambique” aparece com mentiras. Esta é uma delas. Se o equivocado sou eu, Nini Satar, o jornal, então, que prove!
Ademais, o jornal disse que a venda dos tais carros foi por adjudicação directa. O que significa que não houve concurso público. Isto é uma mentira grosseira. O concurso público foi lançado e há uma edição do jornal “Notícias” que comprova isso. Até existe o parecer do Tribunal Administrativo. O que quer dizer que tudo foi tratado em conformidade com a lei. O “Canal de Moçambique” precisa de uma introspecção. Tem que se auto-avaliar. Escreve tanta baboseira, tanta mediocridade só com o intuito de vender o jornal. Basta!!!!!
PS. Amanha ja e Sexta Feira
espero que o Savans
nos traga Duas Sentenças Diferentes
sobre o caso “Josina Machel”
Nini Satar