Foi atraves das redes sociais, concretamente o facebook que o entao homem que nao tem medo de soltar o verbo teceu louros ao Juiz Moçaambicano.
Viva o juiz João Guilherme!
“A liberdade de expressão deve ser mais ampla do que o simples exercício de defesa da imagem do Presidente da República”. ( juiz João Ghilherme)
Hoje, neste meu post, não quero falar mal da magistratura moçambicana. Quero, sim, louvar a lucidez do presidente do Conselho Superior da Magistratura Judicial por ter promovido João de Almeida Felizarda Guilherme ao cargo de juiz-presidente do Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumu.
Por deliberação n° 175/CSMJ/CP/2016 de 22 de Agosto, o Conselho Superior da Magistratura Judicial nomeou João de Almeida Felizarda Guilherme ao cargo de juiz-presidente do Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumu.
João Guilherme já era juiz de Direito C, da 4ª Secção do Tribunal Judicial do Distrito Municipal KaMpfumu.
É um facto inédito na magistratura moçambicana promover-se um juiz que não seja engraxista. João Guilherme foi o juiz que ilibou os réus Carlos Nuno Castel-Branco acusado de atentado à segurança do Estado por ter publicado em finais de 2013 na sua página Facebook uma “Carta Aberta ao Presidente da República” e o jornalista Fernando Mbanze por ter veiculado a carta no jornal MediaFax.
“Concluindo o texto do Carlos Nuno Castel-Branco publicado no Facebook não obstante uma linguagem cáustica, áspera e severa está dentro dos limites da liberdade de expressão”, foi com estas palavras que o juiz se pronunciou.
Esta é a justiça que se pretende em Moçambique. A promoção de João Guilherme, de certa forma, mostra que estamos no dealbar duma nova era. Era em que as pessoas, independentemente do seu sector de actuação, devem ser promovidas de acordo com as suas competências.
E os arautos do lambe-botismo, muito antes da realização daquele julgamento, já pululavam na rádio e televisão públicas, a tecer duras críticas contra Castel-Branco e Fernando Banze. Ou seja, se dependesse deles, ambos tinham que ser condenados porque haviam beliscado a imagem do “visionário” Presidente Armando Guebuza.
A Procuradoria-Geral da República, sempre servil ao poder político, correu na altura a abrir o processo e saiu mal na fotografia quando os réus foram ilibados. Engraxaram a pessoa de Guebuza mas daquela vez não ganharam nada, graças a lucidez do juiz João Guilherme. Para mim, no meio de tanta pária, este juiz foi um verdadeiro herói. Não se deixou intimidar. Rompeu o status quo e pronunciou estas sábias palavras: “A liberdade de expressão deve ser mais ampla do que o simples exercício de defesa da imagem do Presidente da República”.
E ainda houve uma tal de Sheila, Procuradora do processo, que ousou recorrer. Vergonha só!!!
font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px; text-align: justify;">Digo que o juiz está de parabéns porque foi frontal. Não se deixou manietar nem intimidar como alguns dos seus colegas, nomeadamente Augusto Raul Paulino, um juiz ganancioso, ambicioso, marionete que até ousou roubar dos cofres públicos para alimentar uma sua amante.