Começou a retirada dos militares que foram destacados para a missão da Comunidade dos Países da África Austral (SAMIM) em Moçambique. Na última sexta-feira (05.04) o primeiro grupo de militares do Botswana que chegou ao Teatro Operacional Norte (TON) em outubro de 2023 regressou para casa, depois de terem sido certificados e agradecidos pelos seus préstimos nos últimos meses em Cabo Delgado.
Como é de conhecimento público a missão da SAMIM deixará Moçambique até 16 de julho próximo, alegadamente porque não há dinheiro para responder às exigências das operações e das actividades militares no TON. A SAMIM, que é composta por África do Sul, Angola, Botswana, Lesoto, Tanzânia e outros países, chegou ao País em julho de 2021 e três anos depois retiram-se enquanto a situação de segurança ainda não melhorou na província de Cabo Delgado.
Para fazer face a está retirada da SAMIM, o Ruanda anunciou há dias que destacará mais efectivos para Cabo Delgado nos próximos dias. Sabe-se que a missão do Ruanda é co-financiada pela União Europeia (UE) que também vem treinando as Forças moçambicanas e equipando-a com material não letal para responder às incursões terroristas na província de Cabo Delgado.
Nos últimos dias, os ataques em Cabo Delgado cessaram acreditando-se que os mesmos não estão a ocorrer porque os terroristas querem passar a mensagem que os mesmos estão a actuar em nome do Islão e que todos estão a jejuar, tomando em conta que os crentes desta religião em todo mundo encontram-se a cumprir um dos cinco pilares da religião que é o Ramadhan.
Entretanto, as populações dos distritos de Macomia e Quissanga continuam a deparar-se com elementos do grupo nos seus campos de colectivo, facto que deixa as mesmas com medo e terror, mesmo quando não são atacadas fisicamente. (INTEGRITY)