Nas minas de Moatize: Trabalhadores da Bidvest denunciam suposta violação de normas laborais

Catorze trabalhadores da Bidvest, uma empresa subcontractada da Vulcan para a manutenção e reparação de aparelhos de climatização, alegam que o seu patronato está violar normas para o encerramento da firma após o término do acordo com a mineradora, no distrito de Moatize, província de Tete.

Contactaram o “Notícias” para explicar que ao invés de dar carta de rescisão de contracto a todos, a companhia elaborou para alguns funcionários documentos de transferências para distritos de vários pontos do país onde a empresa não tem actividade como forma de contornar o dever de indemnizar.

“O acordo com a Vulcan terminou a 20 de Março. Ainda não recebemos o salário do último mês de trabalho e querem que entreguemos os crachás, antes de nos pagar os ordenados. Caso entreguemos, não temos mais acesso à mina e nada nos garante que nos vão pagar”, queixou-se um dos trabalhadores.

Os trabalhadores afirmaram ainda que a empresa está baseada na província de Maputo, não dispondo de representação em Tete onde possam exigir os seus direitos.

Por sua vez, Faustino Matias, supervisor da Bidvest, lamentou, em contacto com o “Notícias”, o facto de a empresa ter “fechado em Tete”, deixando muitas famílias sem esta fonte de renda. Assegurou que os trabalhadores terão o salário do último mês até 13 de Abril. Contudo, advogou que não terão indemnização porque os seus contractos eram a prazo certo.

“A agitação deve estar a existir porque o contracto que tivemos com a Vulcan, estava abaixo do nível de exigências e acabamos por ter dificuldade de pagar os salários. Mas serão pagos, depois entregarão os crachás e serão desmobilizados”, asseverou.

Matias disse, igualmente, que a Bidvest forneceu os seus serviços a Vulcan por dois anos, não tendo conseguido manter-se por que optou por não renovar com esta subcontratada. (JN)

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