Graça Machel também reagiu à morte de 98 pessoas na ilha de Moçambique na sequência de um naufrágio. A activista diz que o sucedido deve ser tomado como uma lição para uma organização urgentemente.
“É um misto de choque, pesar e solidariedade. É um choque, porque este tipo de tratamento de nós próprios, das nossas vidas com uma relativa negligência das regras mínimas de transporte de pessoas nos recorda que temos de valorizar mais as nossas vidas. É por isso que há regras mínimas que devem ser criadas e observadas”, começou por dizer graca Machel.
A activista dos direitos humanos prestou ainda a sua solidariedade e um abraço a cada um e a todos, mas apelando que “estas lições têm de nos levar a organizarmo-nos de uma forma diferente. Um barco de pesca é barco de pesca e um barco de transporte é barco de transporte de passageiros. Por isso, vai ter que haver regras muito apropriadas. Todos estamos chocados e magoados, mas que isso não fique por aqui”.
Graça Machel lançou ainda uma reflexão sobre o tipo de transporte marítimo de passageiros que se pretende ter para evitar que situações similares se repitam.
“No caso específico da ilha, é preciso estabelecer um sistema de transporte de passageiros para que um barco de pesca não sirva como um barco de passageiros e as situações de superlotação que estamos a falar. Eu não tenho certeza se a ilha tem, de facto, esse sistema de transporte, mas é preciso olhar para isto e é preciso criar as mesmas condições que estamos a criar em Maputo na ilha de Inhaca, por exemplo”, sugeriu Machel. ()