“Mas estão a enganar-se, porque temos boas relações com Moçambique e outros países vizinhos”, disse o chefe da polícia tanzaniana Simon Sirro.
A informação, segundo escreve a AFP, é divulgada após a detenção de dezenas de suspeitos militantes da Tanzânia em conexão com os ataques descritos como islamitas em Cabo Delgado, Moçambique.
As autoridades moçambicanas disseram que, entre os cerca de 200 suspeitos em julgamento por terem participado nesses ataques, 29 são tanzanianos.
”Estes criminosos querem estabelecer uma base em Moçambique. Mas estão a enganar-se, porque temos boas relações com Moçambique e outros países vizinhos”, disse o chefe da polícia tanzaniana Simon Sirro, numa conferência de imprensa, em Dar es Salaam.
Moçambique e Tanzânia, com laços históricos de amizade, têm uma longa fronteira.
Sirro disse que tanzanianos, incluindo raparigas, integraram o grupo que assassinou polícias e funcionários administrativos na província de Pwani, em 2016 e 2017.
Reporta-se que não há clareza quanto ao motivo de tais ataques, e que as autoridades tanzanianas não apontam o dedo à religião, por ser uma questão bastante sensível.
Sirro explicou que alguns foram mortos ou detidos pela polícia, mas os que escaparam atravessaram a fronteira.
“Eles se escondem nas florestas, aprendem a usar armas de guerra como a AK47. Essa tendência vem de países estrangeiros, não temos isso na Tanzânia”, disse.
VOA