Sobre os blindados em volta da casa do Deputado António Muchanga, o politólogo moçambicano, Egídio Vaz escreveu o seguinte:
“O ilustre deputado Muchanga está de volta aos seus aposentos. Ele preferiu sitiar-se na Assembleia da República quando, na sua ausência as forças de defesa e segurança decidiram, avaliada a situação de segurança, oferecer segurança adequada à si e sua família. Para lá, a PRM expediu força motorizada, num gesto de alta cortesia e diligência e num sinal inequívoco da perseguição do bem-estar e segurança para todos cidadãos.
Mas o ilustre Muchanga entendeu, por interpretação negativa, que tal gesto simulava a sua perseguição. Bem, como antigo presidiário, pode ter suas razões. Mas o que não revelou ao público foi que ele recebia ameaças. A PRM respondeu, enviando um sinal claro à todo malfeitor que quem mexe com Muchanga, mexe com o estado. Carros armados, com tanque de combustível cheio, soldados armados e carregadores de munições cheios estiveram lá. Para ver o malfeitor por perto ou de longe e fustiga-lo com toda força. O bandido não veio.
Cá é lá, fez-se interpretação negativa. Assegurado, Muchanga volta a casa depois de noite passada no Parlamento e tanto alarido feito.”
Texto de Egídio Vaz