Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, chegou à cidade da Beira nesta quinta-feira, 17 de outubro, enfrentando uma proibição imposta pelo comandante provincial da polícia logo a porta do aeroporto, para realizar uma passeata naquela urbe. Mondlane descreveu o comandante como um “polícia mal-formado” e “ignorante” sobre o papel da polícia na protecção dos direitos e liberdades dos cidadãos.
Em sua declaração, Mondlane criticou a postura da polícia, afirmando que “não é a polícia que determina se a pessoa pode marchar ou deixar de marchar”. Ressaltou que a limitação de direitos fundamentais deve ser feita por órgãos competentes, como o parlamento, e não pela polícia. “Esta é a terra dos beirenses, e a Constituição da República de Moçambique deve prevalecer”, enfatizou.
Mondlane destacou que a principal função da polícia é proteger os direitos e liberdades dos cidadãos, não impedi-los de se manifestar. “Não podemos permitir que um comandante da polícia venha aqui com ameaças, como se esta fosse a terra da sua família”, disse. Este reafirmou a necessidade de um Estado verdadeiramente republicano, que se submeta à Constituição e à lei.
Motivos da visita
Durante sua estadia na cidade da Beira, Mondlane tem como intenção a realização de uma reunião de coordenação política com membros do partido, visando motivar e preparar os jovens que participaram do processo eleitoral e estiveram envolvidos em actividades de fiscalização. Portanto, a sua visita de acordo com Mondlane é privada, ao que não há necessidade alguma de comunicar a polícia.
De referir que ontem, na cidade de Nampula, houve tumultos entre a população que recebeu Venâncio Mondlane e a polícia, ao que Venâncio Mondlane também referiu que não havia necessidade de informar a polícia sobre a sua estadia em Nampula, uma vez que a sua visita era para resolver assuntos particulares. (Bendito Nascimento)