“Terrorismo não ameaça projecto de gás natural da ENI” – Disse Embaixador italiano

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O Embaixador da Itália em Moçambique, Gianni Bardini, assegura que o terrorismo que assola a província de Cabo Delgado, desde 2017, não afecta as operações da petrolífera italiana, ENI, que opera o projecto Coral Sul FNLG, ao largo da costa da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.

Numa publicação da AIM, o diplomata italiano reconhece, no entanto, que a situação impacta negativamente outros empreendimentos. Para Gianni Bardini, o Projecto Coral Sul FLNG, implementado pelas concessionárias da Área 4 da Bacia do Rovuma, está fora da rota do terrorismo “porque dista a mais de 50 quilómetros da costa, contudo, o mesmo já não acontece com a Saipem (empresa italiana responsável pela engenharia do projecto Mozambique LNG) que está envolvida no projecto da TotalEnergies interrompido por questões de segurança”.

“A segurança para a ENI não é um problema porque o projecto é offshore. O gás está sendo extraído e liquefeito a 60 quilómetros da costa através de uma plataforma flutuante. O gás é extraído a uma profundidade de cerca de 2 mil metros e, por isso, a ENI nunca foi impactada pela insurgência”, enfatizou o diplomata italiano, salientando que o terrorismo apenas afecta outros empreendimentos italianos envolvidos com o projecto Mozambique LNG, da TotalEnergies.

Contudo, Gianni Bardini reconhece haver avanços significativos no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. Por isso, espera que o projecto da TotalEnergies, orçado em mais de 20 mil milhões de dólares, interrompido por motivos de “força maior”, retome o mais breve possível, para ajudar a acelerar o crescimento da economia moçambicana.

A Eni Rovuma Basin (ERB) é o operador delegado do projecto Coral Sul FNLG. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma, participações de 10%.

Na Área 4 foram descobertos recursos significativos de gás natural recuperáveis, incluindo o reservatório Coral Sul, onde já se encontra em operação, desde o último trimestre de 2022, uma unidade flutuante de produção de gás natural liquefeito (FLNG), designada por Coral Sul.

Author: Redacção

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