FBI DECLARA GUERRA CONTRA POLITICOS CORRUPTOS AFRICANOS

Segundo informações da policia sul africana, mais de 30 políticos, podem ser detido nos próximos dias por estarem sub investigação do FBI.

No dia 27 de dezembro, o ex ministro das finanças de Moçambique foi detido na África do sul  com base a um mandado de captura internacional emitido pelos Estados Unidos,  por alegado envolvimento em crimes financeiros, que ascendem aos 2.000 milhões de dólares, e deixou Moçambique a beira de um colapso econômico.

Segundo informações da policia sul africana, mais de 30 políticos, podem ser detido nos próximos dias por estarem sub investigação do FBI.

Significado da prisão de Chang para os moçambicanos

A prisão de Chang é hoje motivo de celebração para muitos moçambicanos afectados. Celebra-se sobretudo porque parece estarmos perante o início do fim da impunidade de quem andou a delapidar o Estado à custa do bem comum. No entanto, Chang ainda é apenas um suspeito. Como ele, são tantas as eminências pardas que ao longo destes anos desfilaram nos corredores aveludados da política local, enriquecendo ilicitamente: governantes, ex-ministros e ex-PCAs, lobistas de todo o jaez, que conseguiram o passaporte da impunidade sob a cobertura de um partido, a Frelimo, que trocou a sua vocação popular tornando-se num clube de traficâncias e compra e venda de indultos sem responsabilidade criminal.

A prisão de Chang é um golpe pesado nessa teia de cumplicidades. Muitos dos que beneficiaram do roubo estão agora receosos do que lhes pode vir a acontecer. A cortina de protecção esfumou-se. E todos se reduziram agora à sua mortal insignificância, o mundo desabando sobre suas ganâncias. Hoje, olhando para trás, muitos se interrogam cinicamente sobre se não teria sido melhor a elite política ter iniciado um processo endógeno de responsabilização, à nossa habitual maneira manipulada. Ter-se-ia preso uns tantos envolvidos, recuperados alguns activos e, através desse gesto de responsabilização, ainda que teatral, acenado aos doadores do Orçamento do Estado, que eventualmente retomariam o apoio e o país escaparia desta crise tremenda. Uns anitos depois e os ladrões seriam indultados legalmente. Mas a Frelimo preferiu arrastar as coisas, manipulando uma PGR acéfala, protelando a justiça com o seu tique próprio de arrogância e pretensão ditatorial.

Agora, parece tarde demais. E as consequências estão à vista.

MP

Author: Redacção

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