Os mais de 400 juízes moçambicanos decidem no início de junho sobre uma eventual paralisação da classe, aguardando até lá resposta ao caderno reivindicativo entregue ao Governo no dia 9.
“Na assembleia geral é onde os juízes vão votar se, em função daquilo que o Governo vai responder, haverá ou não necessidade de paralisação das atividades”, disse hoje Esmeraldo Matavel, presidente da Associação Moçambicana de Juízes (AMJ).
“Duvido que o Governo responda favoravelmente a tudo o que pedimos”, o mais provável é que vá “resolver uma parte” das inquietações, referiu o presidente da associação de juízes. Matavel alertou, contudo, que “há muita gente saturada”.
“A maioria dos colegas há muito tempo quer estar em greve, nós como direção é que pedimos que se acalmem (…), mas se não acatarem, desta vez não teremos como evitar a paralisação”, disse Esmeraldo Matavel.
Em comunicado emitido a 10 de maio, a associação
indicou que o caderno reivindicativo entregue ao Governo, decorrente da assembleia geral de 27 de abril, considera pontos como “independência financeira do poder judicial”, salários, segurança e subsídios para os juízes.
Fonte: Lusa