O Presidente da República e Comandante em Chefe das Forças de Defesa e Segurança, disse que os terroristas que conduzem ataques em alguns distritos da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, têm uma ligação com o Estado Islâmico (EI), que disponibiliza apoio financeiro e logístico.
Nyusi revelou ainda que os terroristas exercem ainda coacção a cidadãos capturados e agentes económicos para os seus familiares ou donos de empreendimentos económicos pagarem resgate, servindo de sustento para suas investidas.
A informação foi avançada na quarta-feira, 25 de setembro, na cidade de Maputo, pelo presidente da República, no âmbito da celebração dos 60 anos do destacamento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Nyusi disse que alguns cidadãos poderão questionar porque não procurar dialogar com as lideranças? “A nossa resposta continua a ser clássica, que pode ser considerada conservadora, mas somos ponderados, pode ser sujeita a debates críticos que são sempre bem-vindos. Continuamos a dizer que estamos perante um combate contra o terrorismo que em Moçambique procura esconder a sua cara real e não deixa claras as suas intenções.”
Segundo Nyusi, os terroristas encontram-se confinados e encurralados nas matas da localidade de Mucojo, posto administrativo com o mesmo nome, distrito de Macomia, em Cabo Delgado.
“Temos informações que a partir da noite de hoje até neste momento, estamos em combate ou em contacto directo com o inimigo, os jovens tropas estão a fazer esforço para reocupar na totalidade Mucojo. Estão lá agora. Esperamos que os bons momentos se repitam dentro de algumas horas”, disse Nyusi. Além de Mucojo, os terroristas ainda realizam ataques esporádicos no posto administrativo de Quiterajo, em Macomia, alguns, de acordo com o Chefe do Estado, na tentativa de encontrar meios logísticos para sustentar as suas acções macabras.
Na semana passada, as Forças de Defesa e Segurança em conjunto com as Forças de Defesa do Ruanda, desencadearam uma operação que visava identificar uma base dos terroristas, nas matas de Mucojo e Quiterajo, que dista cerca de 70 quilómetros da vila-sede de Macomia.
Após a confirmação de que alguns locais de Mucojo e Quiterajo eram esconderijos dos terroristas, começou um processo ofensivo que culminou com a destruição e posterior fuga dos terroristas para outras áreas. (Nando Mabica)