Tragédia em Nampula: “Exigimos que o governo decrete luto nacional […] é mais um sinal de negligência e falta de segurança públicas” – Ossufo Momade

O Presidente da RENAMO, Ossufo Momade exige que o Governo moçambicano decrete imediatamente luto nacional. Este pronunciamento surge numa altura em que o Presidente Filipe Nyusi e membros do seu Governo ao nível central ainda não emitiram qualquer posicionamento sobre a tragédia que ocorreu nas águas oceânicas da Ilha de Moçambique.

Conforme consta numa nota de pesar publicada na sua página oficial do Facebook, Ossufo Momade disse que “foi com sentimento de choque e profunda consternação que tomámos conhecimento da tragédia provocada pelo naufrágio de um barco com 130 pessoas a bordo na noite neste domingo, na Ilha de Moçambique, província de Nampula, deixando mais de 94 vítimas mortais.”

Prosseguindo, Momade afirmou que “ficamos bastante comovidos e preocupados ao saber que a embarcação em causa é de pesca e não estava vocacionada para o transporte de pessoas, o que nos leva a uma reflexão sobre a necessidade da segurança marítima, e solidariedades.”

“Exigimos que o governo decrete luto nacional e que este momento seja reconhecido pelas autoridades como mais um sinal de negligência e falta de segurança públicas”, instou o político e líder do maior partido na oposição em Moçambique. No entanto, espera-se que o Presidente da República, Filipe Nyusi faça uma comunicação à nação face à tragédia e decrete luto nacional que pode variar de 7 a 30 dias.

Quem também reagiu face a tragédia que o País está a viver foi o Embaixador da União Europeia em Moçambique, Antonino Maggiore que escreveu na sua página oficial do Twitter o seguinte: “tendo tomado conhecimento da horrível notícia do naufrágio ocorrido ao largo de Nampula, a Delegação da União Europeia apresenta os seus sentimentos às famílias das vítimas e às autoridades de Nampula e de Moçambique por este trágico acontecimento.”

De salientar que o naufrágio ocorreu na província de Nampula ontem (07.04) quando habitantes da região de Lunga, em Mossuril decidiram abandonar o local devido às mortes constantes causadas pela cólera naquela região. Até ao momento os números de vítimas já ultrapassaram 100 pessoas mortas. (INTEGRITY)

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