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Assassinato de Valentina Guebuza atrapalha investigações sobre a dívida pública

Valentina Guebuza, filha do antigo Chefe do Estado moçambicano Armando Emílio Guebuza e gestora dos negócios milionários da família Guebuza, morta a tiros pelo seu próprio marido em sua residência no dia 14 de Dezembro de 2016.

Valentina, era responsável pela gestão das principais empresas do seu pai, Armando Guebuza, que está sendo investigado por desvio de aplicação de fundos durante a sua governação, resultando em uma crise que está abalando o país todo.

Informações dão conta que com a morte de Valentina Guebuza, as investigações sobre Armando Guebuza aquando da dívida pública e outras acusações também ficam comprometidas, pois, alguns factos inerentes a criação das suas empresas enquanto presidente permanecem ocultos e com difícil acesso devido ao desaparecimento físico da principal responsável pela gestão dos mesmos.

Segundo fontes, Guebuza também era investigado pelo governo italiano devido ao seu envolvimento num caso de corrupção e tráfico de influências pela empresa de hidrocarbonetos ENI, como avança o diário italiano II Fatto Quotidiano.

Valentina era gestora de empresas como a Star Times que era avaliada em cerca de 150 milhões de dólares de investimento, a Focus 21 – uma holding familiar com interesses na banca, telecomunicações, pescas, transportes, mineração e imobiliário.

Em 2013 a revista americana Forbes colocou Valentina em 7º lugar lista das 20 mulheres mais ricas de África, lista liderada por Isabel dos Santos que também é filha do chefe do estado e que seguiu passos semelhantes a da Valentina para obter sua fortuna. Ainda no mesmo ano, o Centro de Integridade Pública (CIP), organização da sociedade civil moçambicana, pediu ao Ministério Público para que investigasse as fontes de riqueza da filha do então presidente da República, Armando Guebuza, coisa que nunca aconteceu durante o mandato de Guebuza.

Com a sua saída do poder, Guebuza leva consigo um grande fardo. Constata-se um esvaziamento aos cofres do Estado moçambicano a ponto de se declarar a maior crise económica que o país já teve. Facto que leva tanto a PGR, quanto a comunidade internacional recorrer ao súbito enriquecimento da sua filha e a formação das empresas de sua família.

Fonte: Moznoticias

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