As aulas no ensino geral e universitário em Angola foram suspensas em março, antes de o Presidente angolano declarar o estado de emergência, que decorreu entre 27 de março e 25 de maio.
O reinício das aulas em Angola, que estava previsto para a próxima segunda-feira, foi adiado sem nova data, anunciou esta terça-feira o ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida.
A decisão é não reiniciar as aulas na segunda-feira. O princípio é de continuar a fazer acompanhamento da situação e, oportunamente, voltar a um novo pronunciamento sobre a matéria”, avançou o governante em conferência de imprensa em Luanda.
Este foi um dos temas abordados numa reunião de trabalho para avaliar a situação epidemiológica presidida esta terça-feira pelo Presidente da República, João Lourenço, “tendo sido dadas indicações aos órgãos competentes para, nos próximos dias, em princípio amanhã (quarta-feira), publicar um ato que anuncia a decisão.
As aulas no ensino geral e universitário em Angola foram suspensas em março, antes de o Presidente angolano declarar o estado de emergência, que decorreu entre 27 de março e 25 de maio, ao qual se sucedeu a 26 de maio a situação de calamidade pública.
O decreto que determina a calamidade pública previa o reinício da atividade no ensino superior e no segundo ciclo do ensino secundário a partir de 13 de julho, embora “dependente da evolução da situação epidemiológica”.
A ministra da Saúde, Silvia Lutucuta, declarou na conferência de imprensa que “não há um jogo do empurra” no que diz respeito ao regresso às aulas, tratando-se de uma estratégia concertada entre os vários departamentos ministeriais.
Questionado sobre a possibilidade de regresso ao país, cujas fronteiras estão fechadas desde 20 de março, de cidadãos angolanos em voos humanitários, Adão de Almeida adiantou que a prioridade é a criação de condições para, faseadamente, repatriar cidadãos angolanos que se encontram nalguns países com dificuldades para voltar.
Têm sido feitos voos nesse sentido, os últimos para a Zâmbia e o Zimbabué e está em permanente análise o regresso de cidadãos noutras localidades”, respondeu.
O ministro acrescentou que os voos para permitir que concidadãos possam voltar têm de ser feitos de forma faseada, de acordo com a capacidade de quarentena, com vista a diminuir a importação de casos de Covid-19.
“As autoridades competentes, à medida que a programação for feita, irão anunciar aos cidadãos a realização dos voos”, realçou.
Angola conta com um total de 458 casos de infeção pelo novo coronavírus, dos quais 23 óbitos e 117 recuperados.