O Presidente Filipe Nyusi disse no sábado que o Governo não pode incluir na Polícia da República de Moçambique (PRM) oficiais do antigo movimento rebelde Renamo que já foram desmobilizados das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). Falando numa cerimónia de graduação na Academia de Ciências Policiais de Maputo (ACIPOL), Nyusi disse que os homens da Renamo a serem incluídos no Comando Geral da Polícia devem ser aqueles que estão actualmente em serviço activo na guerrilha da Renamo, e isto tinha sido decidido durante o seu diálogo com o falecido líder da Renamo Afonso Dhlakama (falecido em Maio de 2018).
A lista dos dez oficiais que a Renamo submeteu ao Governo para inclusão na PRM inclui oficiais que “já estiveram na FADM”, afirmou Nyusi. “Alguns passaram para a lista de reserva e receberam permissão para reintegração social. Eles ganham salários e pensões exatamente como seus colegas que sairam das fileiras das forças do Governo”.
Se esta lista fosse aceite, disse Nyusi, então o Governo também poderia integrar os generais da Renamo, Mateus Ngonhamo e Herminio Morais (que serviram nas FADM nos anos 90), ou os antigos generais policiais, Pascoal Ronda e Miguel dos Santos. “Vamos dar oportunidades ao jovens”, disse ele.
Nyusi disse que o Governo continua comprometido com o diálogo com a Renamo e pediu que o processo de desmobilização e desarmamento da guerrilha da Renamo e a reintegração de seus membros nas Forças de Defesa e Segurança e na vida civil sejam levados a sério. Ele exortou os que não participam no diálogo a absterem-se de comentar assuntos sobre os quais nada sabem, “para não confundir os moçambicanos, incluindo os guerrilheiros da Renamo que aguardam, com esperança e expectativa, o resultado do processo de desmobilização e reintegração”. Na cerimônia da ACIPOL, 100 agentes da PRM foram graduados. (AIM)