Nini Satar, empresário moçambicano, está a ser implicado num caso de tráfico internacional de droga, avança o Canal Moz. O caso foi descoberto após uma cidadã moçambicana que agora enfrenta pena de morte, ter sido detida na Tailândia com posse de droga.
Mónica Novela, detida no dia 14 de Outubro na Tailandia, apontou Nini Sata como dono da droga, durante o depoimento para a polícia tailandesa e para a Interpol.
A moçambicana, residente no bairro de Mavalene, Maputo, foi presa na posse de cerca de seis quilograma de metanfetamina cristal, uma droga perigosa com efeitos similars aos da cocaína.
De acordo com o Canal Moz, a cidadã moçambicana, para além de apontar o empresário Nini Satar como dono da droga, referiu que a mesma chegou às suas mão através de um trabalhador do empresário, César Romão António, também moçambicano.
Nini ouvido pela PIC
Segundo o Canal Moz, Nini foi ouvido na passada sexta-feira pela Polícia de Investigação Criminal, numa sessão que teve início às 9 horas e com fim às 15 horas. Nini encontra-se encarcerado em Maputo.
O empresário encontra-se a cumprir pena de prisão maior. Nini foi condenado no caso do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, como mandante, onde foi também referido o nome de Nyimpine Chissano, falecido filho do ex-estadista moçambicano, Joaquim Chissano, também como mandante. O Tribunal Judicial da Cidade de Maputo chegou a abrir processo autónomo contra Nyimpine, mas este morreu antes do caso ser julgado.
Nini Satar, que negou durante o julgamento, ter relação com assassinato de Carlos Cardoso, cumpre pena de 24 anos de prisão e o seu nome vem sendo apontado nos últimos tempos em muitos casos criminais que sucedem enquanto ele está na cadeia.
Em Fevereiro deste ano, ele juntamente com o irmão Ayob Satar foram transferidos da cadeia de máxima segurança para as celas do Comando da Polícia da Cidade de Maputo, alegando-se que eles eram os mentores dos raptos que acontecem na cidade de Maputo.
Durante uma exposição feita ao provedor da Justiça, Nini referiu que a sua transferência foi motivada por desentendimentos com o então director da PIC na Cidade de Maputo, Dias Balate. Apesar de Nini ter sido transferido para o Comando da PRM, os raptos continuaram.
Ainda este ano, o semanário Savana fez uma Reportagem sobre casos de falsificação de certidões de registo de imóveis que alegadamente acontecem em conservatórias da Cidade de Maputo, tendo apontado Nini Satar como um dos autores do crime. Agora é o tráfico de drogas que também é apontado a Nini.
Há, entretanto, quem aponta Nini como “bode expiatório” de muitos criminosos que actuam no país, conforme o Canal Moz.
@SAPO 5 Nov 2012 12:15