Nos termos da Lei n. 10/2011, Afonso Dhlakama, não pode ser herói Nacional tal como apregoam os seus seguidores.
Os restos mortais do Afonso Dhlakama, líder do maior partido da oposição moçambicana, Renamo, falecido no passado dia 03, foram sepultados na manhã da quinta-feira (10), num cemitério familiar em Mangunde, distrito de Chibabava, província de Sofala.
Dhlakama não foi se juntar aos outros considerados heróis moçambicanos como Eduardo Mondlane, arquitecto da unidade nacional e primeiro presidente da Frelimo, Samora Machel, Primeiro presidente da República de Moçambique pós independência, entre outros, tal como defendiam muitos dos seus seguidores.
Afonso Macacho Marceta Dhlakama moveu uma guerra contra o estado moçambicano com o intuito de derrubá-lo, violando dessa maneira a Lei n. 10/2011.
O conceituado rapper moçambicano, Azagaia, deu recentemente o seu parecer em relação ao falecido líder do maior partido da oposição em Moçambique, Afonso Dhlakama.`
“É uma pessoa que no princípio não era compreendida, porque também não havia acesso…ano pós ano ele foi cada vez mais compreendido“, disse Azagaia
O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, defendeu que os restos mortais de Afonso Dhlakama deviam ser depositados na Praça dos Heróis Nacionais, em Maputo.
“Para mim era importante que os restos mortais fossem depositados na cripta”, na capital moçambicana, onde jazem o independentista Eduardo Mondlane e o primeiro Presidente moçambicano, Samora Machel, entre outras figuras.
Para Simango, líder do terceiro partido com representação parlamentar, “se existe uma Praça dos Heróis e estão lá depositadas personalidades ligadas a uma linhagem política, a um grupo, a um clã, é preciso mostrar que os moçambicanos querem se reconciliar a si mesmos, abrindo essa janela”, com a entrada do líder da oposição à Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) — no poder desde a independência em 1975.