O processo de descentralização, ora em curso no país, cujo pacote foi acordado entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama

Processo de descentralização está numa fase estacionária

O processo de descentralização, ora em curso no país, cujo pacote foi acordado entre o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, ainda em vida, em finais do ano passado, e que foi depositado na Assembleia da República, pelo PR, há mais de um mês, está numa fase estacionário, por falta de entendimento entre as duas bancadas no processo de indicação dos administradores.

De acordo com Ivone Soares, Chefe da Bancada da Renamo na Assembleia da República, a bancada da Frelimo entende que o Ministro de tutela é que deve indicar os administradores, ouvindo o governador eleito.

“Nós achamos que o governador é que deve montar a sua equipa, porque eles (governadores) representam toda a província e o Plano Económico Social tem de ser aplicado de acordo com a política desenhada para uma certa região. Não queremos um governador que só corta fitas, porque se passar a proposta da bancada da Frelimo, os administradores passarão a receber ordens e orientações apenas ao nível central”.

Ivone Soares pediu o apoio de toda a sociedade e das outras forças políticas da oposição para pressionarem a bancada maioritária da Frelimo e o Governo, no sentido dos administradores serem indicados pelos governadores.

“Não nos acovardemos, por favor. Dhlakama já não está entre nós para sair em nossa defesa e obrigar a Frelimo a aceitar a descentralização. Agora nós todos temos que ser Dhlakama, porque senão vamos ter uma descentralização centralizada, pois o Governo central vai continuar a dar orientações aos administradores, orientações essas que podem contrariar aquilo que serão as nossas políticas de governação”.

A chefe da bancada da Renamo terminou afirmando que neste momento ainda é cedo para se abordar esta questão com profundidade. A nossa prioridade agora é sepultar o presidente Dhlakama.

O País

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *