Não voltaria a este assunto, se não fosse o facto de alguns dos envolvidos terem tentado se defender nos seus murais do Facebook. Para mim, sinceramente, nunca considerei, por exemplo, uma Matilde Conjo como cantora. Pode ser qualquer coisa,mas longe de ser uma cantora.
A gala Vibratoques, promovida recentemente pela Vodacom, colocou a nu a percepção que algumas pseudo-celebridades têm de se ser, realmente, uma celebridade. Há muita corrida para o estrelato e para tal tudo serve, mesmo mostrar o rabo e os seios.
Quem disse à Yolanda Boa que o seu rabo é bonito ao ponto de merecer a atenção do público?
Que utilidade tem essa tal de Boneca Barbie?
Já noutra foto que encontrei a circular nas redes sociais mostrava a Boneca Barbie numa situação nada bonita.
A boneca Barbie postou uma foto onde fazia necessidades maiores com a calcinha a baixo suja, cheia de líquido que parecia corrimento vaginal.
Que atitude porca e feia, um acto que devia ser em privado e nunca mostar ao público ainda por ser uma mulher, que todos vêm como um ser delicado e sensível.
Parece que ela como mullher nem sabe que se tem corrimento vaginal devia usar um penso diário na fase que ela passa por isso.
Mas o que fazer, quando não se tem cultura são essas coisas que acabamos vendo nas redes sociais.
Ser artista não é andar nu, mostrar as suas partes intimas a toda gente.
Será isto falta de berço?
Perguntem ao Stewart Sukuma há quantas décadas anda nos palcos, mas sempre aprumado.
Sou amigo do Mc Roger, e sempre vi o bem vestido e cuidado, e está às luzes da ribalta desde os tempos do “Espaço Aberto”. Onde é que estava nessa altura uma Matilde Conjo e a sua turma, Talvez ainda a brincarem com lama e a jogar neka. E hoje ficam nuas para o país ver…
Samora Machel quando disse que a cultura é o sol que nunca desce, não se referia ao ficar nu. Ademais, todo e qualquer artista deve saber que a sua base de sustentabilidade, de apoio, é o povo. Se esse mesmo povo torce o nariz é porque alguma coisa está mal. Consultem à Mingas ensinar-vos-á a vestir decentemente e, quiçá, cantar… bem. Não esse barulho que fazem…tudo resultado da boleia que a STV vos deus nessa extinta coisa de “Fama Show”.
Aquele programa devia ter virado para promover bons estudantes, cultura geral. Quem se lembra do “Volta a Moçambique” do saudoso Leite de Vasconcelos? E nessa altura o Luís Francisco Pereira (Stewart Sukuma) e a Mingas já eram músicos. Mas nunca os vi nus…
Esqueçam Ariana Grande, Rihana e tantas outras estrelas que brilham pelo mundo fora. A cultura delas é bem diferente da nossa. Copiar não é mau, mas sempre os bons exemplos. O vestido extravagante da Rihana deve custar uns 40 mil dólares americanos. Não é essa fantasia de freira de Matilde Conjo de um vintém.
E ela deve ter noção de que insultou muitos católicos. Despiu-os. Duvido que ainda colha simpatias deles. Barbie, Boa e toda a malta nua que se lixe!
Ultrapassamos os limites da decência. E a Vodacom no lugar de se desculpar em comunicados, deve apostar em apoiar coisas concretas. Os dinheiros que dão a essas Matilde Conjo, Boneca Barbie, Yolanda Boa só para mostrarem o rabo, deviam premiar os melhores estudantes das diferentes categorias de ensino. Teríamos um amanhã sem nudez e uma cultura de que nos orgulhariamos e um exemplo que gostariamos que os nossos filhos seguissem.
Nini Satar