Uma acção coordenada entre o Ministério da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural (MITADER), Autoridade Tributária, Caminhos-de-Ferro de Moçambique e a Polícia da República de Moçambique, culminou com a apreensão de 26 contentores de madeira, pertencente a um operador de nacionalidade chinesa, que estavam a ser transportados num comboio dos CFM, contendo madeira cortada ilegalmente na província de Tete.
De acordo com Domingos Ncuinda, porta-voz do MITADER ao nível de Sofala, dos 26 contentores, nove contém madeira em touro da espécie Monzo, e os restantes 17 contém madeira cerrada do tipo prancha chanate. A madeira em touro não possuía cobertura de nenhuma documentação e a cerrada tinha documentação caducada em Dezembro do ano passado. A madeira pertence a empresa Cheng Chong, que foi multada em mais de três milhões de meticais. Refira-se que a mesma empresa, aquando da operação tronco, em Fevereiro do ano passado, foi multada em mais de dois milhões de meticais devido à irregularidades no transporte e armazenamento de madeira. A madeira apreendida será revertida a favor do Estado moçambicano.
Por sua vez, António Camacho porta-voz da Autoridade Tributária em Sofala, quando questionado sobre qual seria o prejuízo do Estado caso a madeira apreendida fosse exportada, indicou que o país perderia mais de três milhões de meticais.
Refira-se que esta é a primeira vez que é apreendido, na Beira, madeira contrabandeada através da linha férrea. “Este operador desonesto sabe que não temos um scanner ferroviário e tentou usar a linha de Sena para exportar ilegalmente a madeira, mas nós estamos atentos e o mesmo foi neutralizado. Já começamos a envidar esforços no sentido de alocar um scanner ferroviário”, referiu Camacho.