Ser explorado no trabalho e não ter uma remuneração adequada aos serviços prestados é uma óbvia injustiça. E as consequências disso podem ser sentidas na pele ou melhor, no coração: situações assim podem vir a causar danos cardiovasculares no longo prazo.
Essa foi a conclusão de uma pesquisa realizada por médicos e economistas do Centro de Economia e Neurociência da Universidade de Bonn e do Departamento de Sociologia Médica da Universidade Heinrich Heine, ambas na Alemanha. As informações são do site da Forbes.
Em conjunto com outros dados económicos, os pesquisadores realizaram um estudo de campo em que um grupo de 80 pessoas foi dividido em duplas consistindo de “empregados” e “chefes”. Enquanto aos primeiros foram delegadas uma série de tarefas monótonas em um computador, os segundos foram liberados para fazer o que quisessem inclusive dormir.
Quanto mais as tarefas eram realizadas correctamente pelos “empregados”, mais a dupla, como um todo, acumulava dinheiro.
Então, chegava a hora da divisão dos lucros – e aos chefes era entregue uma parte substancialmente maior dele. A situação causou estresse significativo nos participantes, confirmado por uma variação em sua frequência cardíaca.
O que levou os pesquisadores à conclusão de que a regularidade dessa alteração, causada pelo sentimento de injustiça, pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, a longo prazo.
Fonte: Mozambicano