Candidato da Frelimo em pré-campanha: Daniel Chapo declara guerra contra corruptos

O candidato da Frelimo, nas eleições presidenciais de 09 de outubro próximo, Daniel Chapo, escalou a província de Tete, onde interagiu com população local, no âmbito da sua apresentação pública. Chapo, em ambiente de pré-campanha, falou de diversos projectos que vai levar a cabo quando for eleito Presidente da República e deixou um repto: “Nós como governo vamos combater a corrupção. Gostaria de deixar claro, vamos combater a corrupção.

Daniel Chapo, que também é Secretário-Geral interino do partido Frelimo, começa a deixar conhecer suas ideias de governação há pouco mais de três meses do arranque da campanha eleitoral no país. Esta quinta-feira, o candidato da Frelimo foi apresentado, pelo presidente do partido, Filipe Nyusi, à população de Tete e não deixou seus créditos alheios, explicou a população sobre as ideias que tem para dirigir o país, tendo destacado a necessidade de se continuar a investir na educação de qualidade.

Mas a grande bandeira que hasteia será o combate cerrado a corrupção como uma das suas grandes prioridades e explica:

“As pessoas precisam respeitar o dinheiro que é comum, isto é o erário público, que pertence a todos moçambicanos. Quando há corrupção, o pouco dinheiro que devia servir para construir bens públicos como estradas, hospitais, escolas e tantas outras coisas, incluído o abastecimento de água, este dinheiro acaba servindo uma pessoa ou um grupo de pessoas. Isso é mau e nós vamos trabalhar para combater a corrupção”, avisou.

As ideias de Chapo não passam apenas pelo combate a corrupção. O candidato da Frelimo falou de forma fervorosa da necessidade de desenvolvimento do sector da educação, tendo chamado atenção para que os moçambicanos se apropriarem do sector de modo que possamos ter uma educação de qualidade, alicerçado pela construção de infra-estruturas.

“Passa por nós moçambicanos avaliarmos a nossa qualidade de ensino. Em função disso fazermos o que for necessário para podermos desenvolver este sector que é a base para o nosso desenvolvimento. Não basta continuarmos a construir escolas, construirmos salas se não tivermos uma educação de qualidade”, disse.

Acrescentou que: “Os nossos irmãos do sector da educação têm ideias, tem preocupações. Durante este período da pré-campanha, incluindo quando começar a campanha eleitoral, nós vamos nos encontrar com os nossos irmãos da função pública. Com professores, enfermeiros, médicos e todos para podemos ter ideias e enriquecermos o que temos que fazer para juntos trabalharmos”.

 

No sector da infraestrutura Daniel Chapo disse estar ciente que o país precisa de construir mais estradas de qualidade porque, segundo ele, não há desenvolvimento sem infra-estruturas, principalmente estradas de qualidade que possam ligar a zona de produção e locais de consumo.

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“Nossos irmãos, nossos pais estão a produzir comida para conseguir fazer chegar nas cidades e venderem nos mercados para poderem colocar dinheiro no bolso e ter comida no prato”, enfatizou.

No sector de turismo Chapo chamou para importância do sector no empoderamento das famílias. Disse que um turismo organizado é fonte de emprego onde toda gente acaba saindo a ganhar.

“O turismo é uma área que dá emprego a todo mundo. Onde há turismo toda gente consegue fazer dinheiro. Todo mundo consegue vender o que tem para o turista, seja ele nacional ou estrangeiro e termos dinheiro e conseguirmos reduzir a pobreza”, disse.

As ideias do candidato da Frelimo estão vincadas também nos sectores da cultura, com valorização das diversas manifestações culturais existentes no país, no desporto bem ainda para a indústria. Nesta última, Chapo esclareceu ser importante o desenvolvimento da indústria pois só com a industrialização, o país pode augurar um desenvolvimento em cadeia e com benefícios particularmente para a juventude.

“A juventude precisa de emprego, precisa da habitação, precisa de um terreno infraestruturado para começar a sua vida, construir a sua casa, casar constituir a sua família. E nós vamos trabalhar para continuarmos a industrializar o país, e a indústria desenvolvida permite a juventude ter emprego e conseguir ter salário e com o salário ter o dinheiro no bolso para sustentar a sua família. Por isso é muito importante ter uma juventude organizada”, prometeu.

Falou ainda dos projectos de indústria energética tendo recordado do projecto que está a ser desenvolvido no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, um projecto de 450 megawatts para produzir mais energia bem como o projecto Mphanda Nkuwa que vai produzir energia e uma grande barragem.

“Com estes projectos não só Moçambique vai continuar a fornecer energia a outros países, mas vai permitir industrializar Moçambique”, esclareceu.