África do Sul “acelera” extradição para Moçambique de “mentor de raptos”

As autoridades sul-africanas estão a concluir o processo de extradição para Moçambique de “um mentor de raptos” no país, revelou [ontem] o ministro da Polícia da África do Sul, Bheki Cele.

“Está em conclusão o processo de extradição” de um cidadão moçambicano “principal mentor de raptos” no país, afirmou Cele, falando durante um encontro com o homólogo moçambicano, Pascoal Ronda, em Maputo.

O processo de extradição será “célere e flexível”, disse o ministro da Polícia, referindo que a extradição é parte do empenho dos dois países no combate à criminalidade transnacional como organização de raptos, branqueamento de capitais, tráfico de drogas e roubos.

A Polícia da República de Moçambique (PRM) registou um total de 185 casos de rapto e mais de 288 pessoas foram detidas por suspeitas de envolvimento neste tipo de crime desde 2011, anunciou o ministro do Interior, em 19 de março último.

A cidade de Maputo apresenta maior tendência e incidência deste tipo de crimes, seguida da província de Maputo e, por fim, Sofala, com registo de 103, 41 e 18 casos, respetivamente, declarou Pascoal Ronda, falando à comunicação social após uma reunião do Conselho de Ministros, na Presidência moçambicana.

Segundo o governante, a tendência mostra um “comportamento decrescente” desde 2020, como resultado de “ações concertadas” das autoridades moçambicanas.

De janeiro de 2023 até hoje “a PRM registou nove casos de raptos consumados e seis casos foram frustrados. Portanto, houve tentativas e essas tentativas foram frustradas, porque, na verdade, as comunidades e a ação policial deram sinal de que não podia acontecer”, salientou o governante.

O ministro moçambicano admitiu, no entanto, a existência de desafios para combater os raptos no país, o que está a criar um sentimento de insegurança, pouco favorável para o ambiente de negócios.

“Urge a necessidade de aprimorarmos cada vez mais os nossos métodos de atuação e a nossa capacitação e também a nossa potenciação e meios tecnológicos adequados para correspondermos ao problema e enfrentá-lo com a expectativa que merece”, acrescentou o governante.

A onda de raptos em Moçambique tem afetado empresários e seus familiares, sobretudo pessoas de ascendência asiática. (LUSA COM NM)

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