Zimbabueanos exploram ilegal e desenfreadamente o ouro no povoado de Nhanolo, região de Nhangoma, no distrito de Moatize, na província de Tete, definindo as regras de exploração em prejuízo dos garimpeiros nativos e das receitas fiscais moçambicanas.
A região de Nhangoma começou a ser explorada o ouro faz dois anos por um grupo de nigerianos que tinha licença de prospecção, mas em contrapartida ao em vez de fazer as pesquisas optou em pilhar o mineiro e sem mais nem menos, abandonar o local.
Segundo alguns garimpeiros moçambicanos quando os nigerianos estavam no local o ambiente era considerado saudável, porque dividiam o ouro logo após a faina.
“Os nigerianos tinham uma licença de prospecção e com ela nos mandavam extrair o ouro e quando encontrávamos, dividiamos ao meio, por exemplo se conseguíssemos duas gramas uma era para eles e outra para nós, entretanto o mineiro era vendido no mercado negro e já agora os tais nigerianos sumiram e deixaram-nos com a actividade”, explicaram.
Após a saída dos nigerianos, o interesse pelo ouro chamou atenção dos zimbabweanos para o local, que mal chegaram começaram a definir novas regras estas que estão a trazer um mal-estar no seio dos nativos que se acham injustiçados porque para eles o recurso os pertence como moçambicanos, apesar de também serem ilegais.
“Os zimbabweanos mal chegaram aqui implantaram uma espécie de polícia deles para nos intimidar e andam a nos explorar, para além de fazerem com o nosso ouro, por
exemplo quando alguém consegue três gramas, duas vai para eles e isso está a ficar insuportável para nós, uma vez que não é fácil encontrar o ouro”, desabafaram.
Segundo as fontes, nem o governo local e nem o provincial tem o controlo da situação, aliás até uma Associação de Mineiros local acabou desistindo da actividade, porque não há regra de exploração do ouro no local e se há essa foi criada na terra de Mnangagwa, uma vez que os seus conterrâneos é que fazem e desfazem nas minas de Nhangoma, em Tete. (Pedro Tawanda)