“Há 49 anos sob a liderança da Frelimo”: Moçambique continua na lista dos 10 países mais pobres do mundo

Moçambique continua entre os dez países mais pobres do mundo e mantém-se na sua 183ª posição do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) 2023-2024, divulgado na semana passada.

Numa tabela com 193 nações, que se refere a 2022, o relatório sobre o IDH, intitulado “Quebrando o impasse”, dá a Moçambique uma classificação de 0.461 pontos e coloca o país no grupo de “baixo desenvolvimento humano”.

Em relação aos indicadores avaliados para o apuramento do IDH, Moçambique tem uma esperança de vida à nascença de 59,6 anos, uma esperança de 10,7 anos de escolaridade e tempo médio de escolaridade de 3,9 anos.

O país tem um rendimento interno bruto por pessoa de 1.209 dólares. Em primeiro lugar da lista está a Suíça, com um IDH de 0.967 pontos, mantendo o mesmo na posição obtida de 3,9 anos.

A população daquele país europeu tem uma esperança média de vida à nascença de 84,3 anos, esperança de escolaridade de 16,6 anos, tempo médio de escolaridade de 13,9 anos e rendimento interno bruto por pessoa de 69.433 dólares.

A seguir à Suíça, vem a Noruega, com 0.966 pontos, Islândia, em terceiro, com 0.959 pontos, Hong Kong, em quarto, com 0.956, e em quinto, a Dinamarca, com 0.952 pontos.

África do Sul: alto desenvolvimento humano

A África do Sul, país com fortes laços culturais e económicos com Moçambique, está em 110ª lugar do IDH, com uma pontuação de 0,717 pontos, uma esperança de vida de 61,5 anos, esperança de escolaridade de 14,3 anos, tempo médio de escolaridade de 11,6 anos e rendimento por pessoa de 13.186 dólares.

O segundo melhor colocado da África Austral, depois da África do Sul, é o Botswana, com uma pontuação de 0,708, esperança de vida à nascença de 65,9 anos, esperança de escolaridade de 11,6 anos, tempo médio de escolaridade média de 10,4 anos e rendimento por pessoa de 14.842 dólares, colocando o país no subgrupo de alto desenvolvimento humano.

Outro país vizinho e com vínculos culturais com Moçambique é a Suazilândia, que está entre os de médio desenvolvimento humano, em 142º lugar, com uma pontuação de 0.610, esperança de vida de 56,4 anos, esperança de escolaridade de 14,9 anos, tempo médio de escolaridade de 5,7 anos e rendimento interno bruto por pessoa de 8.392 dólares.

O país africano com o melhor IDH é o Egipto, que está em 105º lugar, com 0.728 pontos, esperança de vida de 70,2 anos, esperança de escolaridade de 12,9 anos e tempo médio de 9,8 anos, situando-se no subgrupo dos países com alto desenvolvimento humano.

EUA cai uma posição e Portugal cai três lugares

O país mais rico e mais poderoso do mundo, EUA, perdeu um lugar no IDH, caindo para 20ª posição em 2022, com 0,927 pontos. Os norte-americanos têm uma esperança de vida à nascença de 78,2 anos, uma escolaridade esperada de 16,4 anos, um tempo médio de vida de 13,6 anos.

Portugal, país com vínculos históricos e culturais com Moçambique, por força da colonização portuguesa, caiu três lugares e está em 42º lugar, com 0.874 pontos, esperança de vida à nascença de 16,8 anos, tempo de escolaridade média de 9,6 anos e rendimento interno bruto per capita de 35.315 dólares.

Cabo Verde melhor PALOP

Cabo Verde é o melhor posicionado entre os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), ocupando 131º lugar e no subgrupo de desenvolvimento humano médio, com 0.661 pontos, uma esperança de vida à nascença de 74,7 anos, 12,6 anos de escolaridade esperados, tempo médio de escolaridade de 7,3 anos e um rendimento bruto por pessoa de 5.427 dólares.

São Tomé e Príncipe é o segundo PALOP melhor colocado, localizando-se também entre os de desenvolvimento médio humano, em 141º e Angola, em terceiro, em 150º lugar.

Na cauda do IDH está, como sempre, a Somália, em 193º lugar, com uma esperança de vida de 56,1 anos, esperança de escolaridade de 7,6 anos e tempo médio de escolaridade de 1,9 anos e rendimento interno bruto por pessoa de 1.072 dólares.

No entanto, para o responsável do PNUD, Achim Steiner, as desigualdades entre os mais pobres e os mais ricos agudizaram-se, depois de 20 anos de progressos.

(INTEGRITY)

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