O secretário-geral da Renamo afirmou, esta semana em Nampula, que três meses é período suficiente para o desarmamento, desmilitarização e a reintegração dos guerrilheiros do partido nas Forças de Defesa e Segurança.
Citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), Manuel Bissopo entende que o tempo é suficiente para que as regras e princípios a serem seguidos, de acordo com os entendimentos já alcançados, sejam cumpridos.
“Há vontade de todos os lados. A Renamo quer que esta paz seja para sempre, a intenção é que não exista apenas uma única força com armas, para que não sejam essas a matar-nos amanhã”, afirmou.
Ignorando o diferendo que há uma semana adiou a sessão extraordinária da Assembleia da República, Bissopo afirma que a desmilitarização está a decorrer normalmente dentro dos acordos alcançados entre o então líder da Renamo, Afonso Dhlakama, e o Presidente da República, Filipe Nyusi.
“Nós queremos que este processo decorra de forma mais saudável possível para que a reintegração aconteça tal como foi o consenso alcançado. Temos um grande compromisso para com o povo, que é a manutenção da paz”, reconheceu.
O secretário-geral da Renamo fez estas declarações à sua chegada em Nampula, onde vai preparar “as vitórias” do seu partido nas eleições autárquicas de Outubro e nas gerais do próximo ano.
Folha de Maputo