Depois de diversas reivindicações que colocaram em questionamentos sobre a autenticidade das informações, o DAESH, acrónimo que designa o Estado Islâmico, o grupo voltou a reivindicar a autoria dos ataques armados em Cabo Delgado, que desde 2017 fazem mortos.
Em quatro imagens exclusivas postas a circular este domingo no Twitter pelo jornalista Wassim Nasr da France 24, em uma delas estão quatro soldados do DAESH numa viatura Mahindra da PRM. Armados, com fardas similares das FADM, os quatro soldados empunharam armas, sendo que um deles exibe a bandeira do grupo e outro em cima da viatura, com uma arma no ar.
Em uma outra fotografia, consta uma viatura Mahindra com matrícula nacional, na posse dos terroristas.
Nas outras duas fotografias, consta armamento diverso e os jovens integrantes do grupo, com rostos que apontam para faixas entre os 18 e 30 anos de idade.
Esta e a primeira vez que imagens do grupo circulam com elementos que apontam para a autenticidade das informações.
Estima-se que há dois anos dos ataques, mais de 500 pessoas morreram, embora as autoridades nacionais insistem em afirmar que o número não excede às duas centenas.
Conforme têm reportado agências internacionais, quer o Wagner Group, milicianos russos contratados pelo Governo para ajudar a erradicar os terroristas, quer as Forças de Defesa e Segurança, têm tido baixas no combate ao grupo. Talvez por isso até ao momento esteja proibida a veiculação sobre os ataques, nos órgãos de comunicação social nacionais, que mantém silêncio, enquanto milhões de moçambicanos vão vivendo autêntico apocalipse.
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