PRM confirma que suspeitos do assassinato de Anastácio Matavel são agentes da lei e ordem

O comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) confirmou, na tarde de ontem, terça-feira, que quatro dos cinco indiciados no assassinato de Anastácio Matavel são agentes do Grupo de Operações Especiais (GOE), uma subunidade de Intervenção Rápida (UIR), em Gaza.

Horas depois da morte do director executivo do Fórum das Organizações Não Governamentais de Gaza (FONGA), começaram a circular informações dando conta de que os executores seriam agentes do GOE, tal como “O País” apurou sobre um cidadão com o nome de Edson Silica, cujas imagens circulam nas redes sociais.

Para dissipar equívocos em meio a vários questionamentos que pairavam no espaço público, o Comando Geral PRM convocou a imprensa e, confirmou que, quatro dos cinco indiciados no homicídio qualificado são sim agentes especiais do grupo pertencente à UIR e por isso, na sequência do sucedido, os chefes desta unidade da PRM em Gaza, foram suspensos.

“Face ao homicídio qualificado ocorrido cerca das 11h00, do dia 07 de Outubro de 2019, no bairro 5 de Inhamissa, perpetrado por 5 indivíduos, sendo 4 agentes do GOE e 1 civil, todos devidamente identificados no auto, em que foi vítima o cidadão Anastácio Matavel, de 58 anos de idade, o Comandante Geral da PRM, Bernardino Rafael, no uso das competências que lhe são conferidas, ordenou, a suspensão de Alfredo Naife Macuácua das funções de Comandante da Subunidade da UIR, e Tudelo Macauze, das funções de Comandante da GOE, na província de Gaza”, disse Orlando Mudumane, porta-voz do Comando Geral da PRM.

Sem deixar espaço para perguntas dos jornalistas, o porta-voz do Comando Geral da PRM não avançou mais detalhes acerca do assassinato, informando apenas que uma comissão de inquérito composta pelo Comandante do Ramo da Polícia de Fronteiras e dois altos funcionários do Comando Geral, foi criada para “no prazo de 15 dias apresentar um relatório pormenorizado sobre o facto”.

No “briefing” extraordinário concedido ontem, a polícia disse que “condena de forma veemente a conduta criminosa daqueles agentes” e igualmente se compadece com a família enlutada, a qual “endereça sentidas condolências, reiterando tudo fazer para o apuramento de toda verdade referente ao caso”.

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