O presidente do concelho autárquico de Nampula, Paulo Vahanle, denunciou que tem vindo a receber ameaças de morte nos últimos cerca de três meses com recursos a chamadas telefónicas com emissores bloqueados.
“Realmente tenho recebido ameaças, constantemente, através de telefonemas com números privados. Nessas ligações muitas das vezes procuram saber com que tem o prazer de conversar e eu digo que sou o presidente do concelho autárquico de Nampula. Então, dizem, bom, você devia abandonar esse lugar para ir a Assembleia da República onde julgamos que estavas bem acomodado. A continuar nesse lugar, você, qualquer dia, vai perder a vida”, disse Vahanle, numa colectiva de imprensa.
Segundo a fonte, “eles dizem que vão me tirar a vida porque estou a ocupar um lugar que já tem dono e que eu estava bem na Assembleia da República onde era membro da Comissão Permanente. Eles dizem que as pessoas não sabem porque estou na cidade de Nampula”.
Vahanle disse que ainda não apresentou nenhuma denúncia as autoridades da justiça. “Eu não apresentei a situação nem a Procuradoria da República e nem a Polícia da República de Moçambique”.
O autarca não desconfia da procedência das ameaças. “Neste momento, eu não posso precisar de quem são os promotores dessas ameaças. Tenho vindo a receber essas ameaças desde Março do corrente ano. Neste mês de Maio me ligaram uma única vez a me perguntarem como é que eu estou a pensar e que devia escrever ao partido a renunciar a minha posição e ir a Assembleia da República escrever para levantar a suspensão do meu mandato. Muitas vezes dizem que é para me apoiar porque há um plano contra mim. As pessoas não se identificam como as promotoras ou as que vão praticar o acto. Fazem-no no sentido de aconselhamento”.
“Eu como cidadão vim para este lugar sabendo que é uma vaga deixado por assassinato, então, moralmente e psicologicamente estou preparado para encarar qualquer das circunstâncias que há-de vir contra a minha pessoa”, concluiu o autarca.
Recorde-se que Paulo Vahanle foi eleito, inicialmente, em uma eleição intercalar pela vacatura provocada com o assassinato bárbaro de Mahamudo Amurane, autarca eleito nas quartas eleições autárquicas, realizadas em 2013. Amurane foi eleito no princípio da noite do dia 4 de Outubro de 2017, quando o país assinalava mais uma data da assinatura dos Acordos Gerais da Paz.
Fonte: IKWELI