Os accionistas das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) exoneraram os membros do Conselho de Administração da LAM e criaram uma Comissão de Gestão

Caos e promessas de solução que não se concretizam na LAM

Sem dinheiro até para pagar combustível, Governo diz que processo de privatização está em fase adiantada

Os accionistas das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) exoneraram os membros do Conselho de Administração da LAM e criaram uma Comissão de Gestão para assegurar o funcionamento normal da empresa.

Em comunicado divulgado na quinta-feira, 5, o Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE) acrescentou que as decisões foram tomadas pela Assembleia-Geral Extraordinária.

A decisão ocorreu um dia depois de mais de 300 passageiros terem sido impedidos de viajar pela companhia de bandeira por falta de combustível para as aeronaves.

Alguns analistas dizem não perceber por que o Ministério Público não investiga casos de corrupção e má gestão nas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) que conduziram a companhia de bandeira a uma grave crise financeira, fundamentalmente reflectida em constantes cancelamentos de voos.

A LAM faz parte do grupo de 63 empresas públicas mencionadas pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, no seu recente discurso sobre o Estado da Nação, como sendo as que iriam entrar num processo de reestruturação ou de liquidação, mas as coisas demoram a acontecer.

Observadores consideram que o processo não avança porque há interesses instalados que podem ser colocados em causa com a reestruturação dessas empresas, algumas das quais ligadas a figuras do poder político.

No caso concreto da LAM, há relatos de casos de corrupão envolvendo quadros séniores da companhia.

Os problemas dos passageiros da companhia de bandeira agudizaram-se sobretudo no ano passado, com quatro das sete aeronaves da companhia disponíveis para assegurar as ligações.

A falta de peças para repararar os aparelhos avariados é a principal causa desta situação.

A cessação de funções dos membros do Conselho de Administração da companhia não resolve o problema da empresa, que, segundo os analistas, precisa de passar por um processo de reforma profunda.

Entretanto, o ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita, disse que o processo de reestruturação da LAM e das empresas Moçambique Celular, MCEL e Telecomunicações de Moçambique, TDM estava numa fase avançada, sem, no entanto, dar pormenores.

VOA

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