Há discrepâncias nos preços das viaturas compradas pelo estado Moçambicano

Os anúncios das novas aquisições do governo cobriram quase uma página do jornal Notícias da edição do passado dia 31 de Outubro. Através da Direcção Nacional do Património do Estado, o governo está a comprar 45 viaturas de luxo, cujos preços variam de 1.350.000,00 a pouco mais 11 milhões de meticais por unidade.

Em três ajustes directo, o governo encomendou um Mercedes-Benz, modelo S500, no valor de 11.429.711,14MT, um Mercedes-Benz, modelo S400, ao preço de 10.754.280,00MT, e um Toyota Land Cruiser 200, VX, Station, de oito lugares, com o custo de 10.745.280,00MT.

As outras 42 viaturas estão a ser compradas através de concursos públicos. No primeiro lote, o governo requisitou 20 Mercedes-Benz, modelo C180, e vai pagar 2.290.000,00MT por cada um.
No terceiro lote, são 10 Ford, modelo Ranger 3.2, cabine dupla, ao preço de 1.978.000,00MT cada, mais um de modelo Wildtrak 3.2, cabine dupla, que custa 2.277.000,00MT.

Essa aquisição provocou muitas ondas de contestações e desagrado, visto que a mesma está a ser feita num momento muito difícil no que  toca a conjuntura econômico-financeira do país.

Há quem foi atrás das informações e constatou haver discrepância e e falta de clareza nos preços apresentados, pois o governo veio ao público justificar que a publicação ora feita no “Notícias” visava formalizar a aquisição feita em 2015.

Pois bem juntando este facto podemos constatar que:

Por exemplo:

O Mercedes Benz S500 adiquirido pelo estado por 11.429.711.00MT

Em Portugal, aplicando o câmbio de 2015, custa hoje 7.181.124.00MT ou seja cerca de 4 milhões acima do valor.

 

O Toyota Land Cruiser 200VX por 10.745.280.00MT

Na África do Sul, ao câmbio de 2015, essa viatura custa hoje aproximadamente 3.939.000.00MT, quase 7 milhões acima do valor declarado.

 

Mercedes Benz S400 por 10.745.280.00MT

Em Portugal, ao câmbio de 2015, custa hoje 6.990.730.00MT

PS: E não nos esqueçamos que a importação de viaturas pelo Estado está isenta de direitos de importação e outras alcavalas.

 

FONTE: Blog Macua

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